Vendas online atingem R$ 196,1 bi em 2023

O Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), apresentou nesta quinta-feira (5/09), que o comércio eletrônico no Brasil cresceu 4% em comparação com 2022, atingindo um volume de transações no valor de US$ 196,1 bilhões ao longo de 2023. Esse setor no país mais do que quintuplicou desde 2016, quando movimentou cerca de R$ 39 bilhões.

No decorrer de 2023, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais se destacaram ao concentrar 60% do total das transações realizadas por meio do comércio eletrônico. O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, destacou a importância do processo de inclusão digital e distribuição de renda, ressaltando que o comércio eletrônico desempenha um papel fundamental no desenvolvimento nacional.

Com base nos dados das notas fiscais eletrônicas fornecidas pela Receita Federal, o Observatório do Comércio Eletrônico Nacional revelou que os smartphones lideram as vendas no e-commerce brasileiro, totalizando R$ 10,3 bilhões em 2023. Em seguida, as vendas de livros, brochuras e impressos movimentaram R$ 6,4 bilhões; televisores, R$ 5,3 bilhões; refrigeradores e congeladores, R$ 5 bilhões; tablets, R$ 4,4 bilhões; e complementos alimentares, R$ 3,7 bilhões.

A preferência de produtos no comércio eletrônico varia de acordo com cada estado do país. Por exemplo, em Minas Gerais, os calçados lideram as vendas, enquanto no Espírito Santo são os aparelhos de ar-condicionado. Já em Santa Catarina e Paraíba, os refrigeradores e congeladores são os mais procurados; em Goiás, automóveis; e no Distrito Federal, os livros figuram como os produtos mais vendidos.

Os dados do Observatório apontam para disparidades significativas entre as regiões do Brasil no que diz respeito ao comércio eletrônico. O Sudeste continua dominando esse mercado, concentrando 73,5% das vendas online, seguido pelo Sul com 15,2%, Nordeste com 7%, Centro-Oeste com 3% e Norte com 1,3%. Em relação aos destinos das compras, o Sudeste foi a região que mais recebeu negócios, com 55,6% das transações, seguido pelo Sul (16,8%), Nordeste (15,8%), Centro-Oeste (8,3%) e Norte (3,3%).

Para expandir a adesão de pequenos negócios ao comércio online, o MDIC e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) estão desenvolvendo o projeto E-commerce.BR, com lançamento previsto até o final do ano. Esse projeto busca aprimorar o desempenho financeiro através de soluções inovadoras, especialmente em áreas onde o comércio eletrônico ainda não está plenamente consolidado. Quanto ao fluxo de transações, as vendas interestaduais representam 62% do total, enquanto as intraestaduais compreendem os restantes 38%.