Mulher suspeita de envenenar crianças no Piauí é solta
Uma mulher obteve liberdade provisória depois que um laudo confirmou a ausência de substâncias tóxicas nas frutas que supostamente teriam sido oferecidas às vítimas. Essa reviravolta no caso coloca em xeque as acusações iniciais e levanta questionamentos sobre a solidez das provas apresentadas contra ela. A análise laboratorial exime a suspeita de ter envenenado as frutas, mudando significativamente o curso das investigações e reacendendo o debate sobre a necessidade de se aprofundar nas apurações para evitar injustiças.
Suspeita foi liberada da prisão após resultado de laudo Foto: Reprodução/TV Clube Reprodução: https://www.terra.com.br/
Acusada de envenenar e matar dois meninos em Parnaíba, no Piauí, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, foi liberada provisoriamente na última segunda-feira, 13, após a perícia descartar a presença de veneno nos cajus que teriam sido oferecidos às vítimas.
Com a liberação do laudo no dia 9 de janeiro, o Ministério Público pediu que a prisão da acusada fosse revogada. Com isso, o padrasto da mãe das crianças, Francisco de Assis Pereira da Costa, passou a ser suspeito de cometer o crime.
Isso porque o homem foi preso neste mês e apontado como o principal acusado de envenenar um baião de dois comido por quase toda a família no início do ano. O envenenamento causou a morte de quatro pessoas. Agora, a investigação dos irmãos mortos em agosto e novembro de 2024 foi reaberta.
Já Lucélia, que ficou detida por cinco meses, se declarou inocente e negou que teria dado as frutas para as crianças. “Nunca conheci não, esse homem, essa mulher, nem os meninos também”, disse. Ela ainda relatou que chegou a sofrer ameaças de morte na prisão onde estava custodiada. “Diziam que tinha uma cabeça sobrando. Que era a minha, né”, contou em entrevista à TV Clube, afiliada da Globo.
Ela foi presa em flagrante no dia 23 de agosto de 2024, quando os garotos foram hospitalizados. Na ocasião, os vizinhos tentaram linchá-la e teve a casa depredada e incendiada. Segundo o advogado da acusada, Sammai Cavalcante, Lucélia não foi inocentada e deve responder o processo em liberdade.
