Hezbollah considera onda de explosões no Líbano como provocação

Uma série de explosões causadas por dispositivos de comunicação, como pagers e walkie-talkies, utilizados por um grupo armado, provocou devastação no Líbano, resultando em dezenas de vítimas fatais e milhares de pessoas feridas. O impacto dessas explosões propagou-se por várias áreas, gerando um cenário de caos e urgência no país.

Líder do Hezbollah disse que explosões foram 'puro terrorismo' Foto: Reuters / BBC News Brasil Reprodução: https://www.terra.com.br/

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, finalmente se pronunciou na quinta-feira (19/09) sobre as explosões de pagers e walkie-talkies que abalaram o Líbano nos últimos dias, deixando um rastro de morte e destruição. Em um discurso televisionado, Nasrallah classificou os eventos como “puro terrorismo”, acusando Israel pelos ataques e os denominando como “massacre de terça-feira e o massacre desta quarta-feira”. Segundo ele, a ação visava detonar cerca de 4 mil aparelhos, colocando em risco a vida de milhares de pessoas, incluindo civis inocentes.

A explosão dos aparelhos, distribuídos pelo Hezbollah para comunicação interna, resultou na morte de pelo menos 37 pessoas e deixou cerca de 2,6 mil feridos. Nasrallah enfatizou que, apesar do impacto devastador, a capacidade de comando e comunicação do grupo permanece intacta. Enquanto o líder do Hezbollah denunciava os ataques, a Forças de Defesa de Israel realizavam uma série de ataques contra alvos do grupo no sul do Líbano, lançando a região em mais um cenário de conflito.

O governo israelense não se pronunciou sobre as explosões no Líbano, porém especialistas em segurança concordam com o Hezbollah ao apontar Israel como o provável responsável pelas detonações. As tensões entre os dois grupos têm aumentado significativamente, com a fronteira libanesa se tornando um novo foco de confronto, paralelo aos conflitos em Gaza. As ações do Hezbollah, incluindo disparos de foguetes e drones contra Israel, têm provocado evacuações em cidades do norte do país vizinho.

Diante do cenário de hostilidades crescentes, o Hezbollah reiterou seu apoio à resistência palestina, enquanto Israel anunciou uma nova fase na guerra, com foco na fronteira norte do país. A 98ª Divisão das Forças de Defesa de Israel, uma unidade de elite, foi enviada para a região, sinalizando uma escalada no conflito e uma mudança no centro de gravidade das operações militares. A guerra na região segue evoluindo, impactando diretamente a vida de civis e mantendo a tensão geopolítica elevada.

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