Waack analisa o incessante drama do ajuste fiscal no Brasil

A política nacional falha ao enfrentar desafios cruciais

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista a jornalistas em Brasília Reprodução: https://www.cnnbrasil.com.br

Nesta quinta-feira (13), coube ao Ministro da Fazenda discutir sobre a necessidade de redução de despesas, um tema quase proibido no cenário político do Palácio do Planalto, onde prevalece a crença de que os gastos públicos são essenciais para o funcionamento do Estado. Recentemente, uma tentativa do governo de equacionar as contas por meio de aumento de impostos enfrentou forte resistência e culminou em uma derrota política significativa no Congresso. A crise se acentua quando se considera como suprir as perdas geradas pelas desonerações fiscais — especificamente a desoneração da folha de pagamentos — que perseveraram apesar da objeção do Executivo.

A busca por uma solução foi estendida pelo Legislativo, que estipulou um prazo final para encontrá-la. Se não houver uma resolução, a oneração da folha de pagamentos será reinstaurada. Apesar de uma eventual vitória judicial, o governo, em minoria no Congresso, caminha para um desafeto com um Legislativo influente. O impasse permanece com as alternativas oferecidas pelo Senado, que não são suficientes para cobrir o déficit fiscal. Portanto, falar sobre cortes de despesas parece promissor a muitos, porém é uma solução voltada para o futuro.

Esta discussão teve início há um ano e até agora expõe um cenário onde o equilíbrio entre receitas e despesas, a eliminação de distorções tributárias e um orçamento flexível são itens essenciais para alcançar juros baixos e um crescimento econômico sustentável. Este longo enredo, desprovido de heroísmos, sinaliza um incerto desfecho para as finanças nacionais.

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