Viver em Copenhague pelos olhos de brasileiros

Pela primeira vez, Copenhague ocupa o topo do ranking mundial produzido pela Economist Intelligence Unit, que analisa 173 cidades ao redor do planeta. O estudo avalia uma série de critérios, entre eles saúde, cultura, meio ambiente, estabilidade, educação e infraestrutura. A capital da Dinamarca atingiu pontuação máxima justamente nos quesitos educação, infraestrutura e estabilidade, demonstrando excelência nessas áreas.

Imagem do Parlamento dinamarquês com as cores da bandeira da Ucrânia. A capital dinamarquesa lidera pela primeira vez o ranking global elaborado pela Economist Intelligence Unit. O levantamento avalia anualmente 173 cidades no mundo, com base em critérios como estabilidade, saúde, cultura, meio ambiente, educação e infraestrutura. Copenhague conquistou nota máxima em estabilidade, educação e infraestrutura. Foto: AFP - IDA MARIE ODGAARD / RFI Reprodução: https://www.terra.com.br/

Copenhague, capital da Dinamarca, com seus pouco mais de 600 mil habitantes, acaba de conquistar o topo de um importante ranking, superando Viena, que normalmente ocupa as primeiras posições e ficou em segundo lugar desta vez. Já Zurique, na Suíça, aparece em terceiro nesse mesmo levantamento.

A Confederação da Indústria Dinamarquesa celebrou a vitória com entusiasmo. Para Lars Bertolt Winther, diretor de Turismo, Cultura e Experiências da entidade, a notícia representa um impulso fundamental para o país. Segundo ele, ver Copenhague desfrutar de uma reputação internacional tão destacada em comparação com outras cidades igualmente atrativas traz vantagens concretas: “É algo que fortalece nossa capacidade de estimular o interesse de visitantes e também daqueles que consideram morar aqui”, concluiu o diretor.

Entre as pessoas que tiveram a vida transformada por Copenhague está Marina Storch, brasileira de São Paulo, que há seis anos deixou para trás o ritmo frenético e a sensação de insegurança da metrópole brasileira. Inicialmente, Marina planejava apenas um final de semana em Copenhague, mas se apaixonou pela cidade. Beneficiando-se da cidadania portuguesa, ela decidiu ficar de vez no país nórdico.

Hoje profissional da área de saúde em uma empresa dinamarquesa, Marina aponta a qualidade de vida e o equilíbrio salutar entre vida pessoal e profissional como grandes diferenciais da capital dinamarquesa. Conforme explica: “Percebo que poucas cidades do mundo permitem ter uma vida tão saudável. O tempo – para mim, meu maior bem –, aprendi a enxergar como uma das maiores riquezas. Ter tempo para encaixar o trabalho de maneira fluida, que não gere estresse, é raro”, afirma a gerente de vendas globais.

Outra brasileira a relatar sua experiência é Marcele Rask, natural de Brasília e moradora de Copenhague há quase uma década. Casada com um dinamarquês e mãe de uma menina de dois anos e meio, ela descreve a cidade como um verdadeiro paraíso para famílias com crianças. Segundo Marcele, opções não faltam: museus, parques e espaços infantis se espalham pela capital, tornando os passeios familiares parte do cotidiano.

A gerente de risco do setor bancário local também ressalta o quanto a mobilidade e a atmosfera de segurança influencia positivamente a rotina dos moradores. “Você pode andar pelas ruas, resolver suas coisas com tranquilidade. É uma segurança não só pessoal, mas enquanto mulher. Isso é fascinante. No Brasil, muitas pessoas dependem do carro por causa da sensação de proteção que ele oferece. Aqui, mesmo quem possui um veículo acaba usando com mais frequência o transporte público”, avalia Marcele, destacando a qualidade de vida proporcionada por essa segurança constante.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *