Vendas no varejo brasileiro aumentam em julho

O setor varejista brasileiro apresentou crescimento em julho, com destaque para o segmento de supermercados e bebidas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As vendas no varejo registraram alta de 0,6% em relação ao mês anterior, superando as expectativas do mercado. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o aumento foi de 4,4%.

O bom desempenho do varejo brasileiro no início do ano foi impulsionado pelo cenário favorável ao consumo, com inflação baixa e mercado de trabalho aquecido, contribuindo para o aumento da renda. Os dados do PIB do segundo trimestre mostram que o consumo das famílias cresceu 1,3% em relação ao trimestre anterior, indicando que o setor continuará impulsionando a atividade econômica.

Apesar da retração em junho, a recuperação em julho foi vista como um ajuste na trajetória de crescimento do varejo.

Shopping center em São Paulo 11/06/2020. REUTERS/Amanda Perobelli Foto: Reuters Reprodução: https://www.terra.com.br/

As vendas varejistas no Brasil apresentaram crescimento em julho, superando as expectativas, com destaque para o setor de supermercados e bebidas.

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o varejo registrou um aumento de 0,6% nas vendas em relação ao mês anterior, após uma queda de 0,9% em junho, que foi o único resultado negativo no ano. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas tiveram um incremento de 4,4%. As projeções da pesquisa da Reuters eram de um aumento de 0,5% na comparação mensal e de 4,2% na anual.

O setor varejista brasileiro teve um bom início de ano, impulsionado pelo cenário favorável de baixa inflação e mercado de trabalho aquecido, com aumento da renda. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre indicam que o consumo das famílias cresceu 1,3% em relação ao trimestre anterior, sugerindo que o setor continuará impulsionando a atividade econômica ao longo do ano. Cristiano Santos, gerente da pesquisa, destacou que o crescimento registrado nos primeiros cinco meses do ano atingiu um patamar recorde em maio, com a queda em junho sendo seguida pela recuperação em julho, representando um ajuste na trajetória de crescimento.

Apesar do desempenho positivo em julho, o setor varejista ainda se encontra 0,3% abaixo do recorde alcançado em maio. Entre as oito atividades pesquisadas, as vendas no segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram um avanço de 1,7% em julho em relação ao mês anterior, com impacto significativo no resultado global. Houve também crescimento nas vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico, Equipamentos e material de escritório, informática e comunicação, Tecidos, vestuário, calçados e Móveis e eletrodomésticos.

Por outro lado, as vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria aumentaram apenas 0,1% em julho, enquanto Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria e Combustíveis e lubrificantes apresentaram retração. No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve um acréscimo de 0,1% em relação a junho.

O Banco Central se reunirá na próxima semana para decidir sobre a taxa básica de juros Selic, que atualmente está em 10,5%. A expectativa geral é de um aumento de 0,25 ponto percentual devido ao desempenho sólido da economia.

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