Varejo de proximidade tem crescimento exponencial no mercado de trabalho, revela FecomercioSP
Os dados apontam para uma valorização do consumo em estabelecimentos locais e seu impacto na geração de empregos desde dezembro de 2020
O varejo de proximidade, também conhecido como ‘varejo de vizinhança’, vem apresentando um crescimento significativo no mercado de trabalho, superando em mais de três vezes a taxa de crescimento registrada pelo setor de comércio como um todo. De acordo com informações da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), entre dezembro de 2020 e abril deste ano, o varejo de proximidade teve um aumento de 43,7% no estoque de empregos, o que representa a criação de mais de 10 mil novas vagas.
Este segmento se refere a estabelecimentos de porte menor, que oferecem diversas opções de mercadorias, e tem se destacado no cenário nacional. Enquanto o varejo em geral teve um crescimento de 12,1% no número de postos de trabalho no mesmo período, o varejo de proximidade se destacou pela sua expansão expressiva. Com esse salto, a quantidade de empregos formais nesse setor passou de 23 mil para mais de 33 mil, evidenciando a importância e o impacto positivo desses estabelecimentos na economia.
A Fecomercio-SP atribui esse crescimento do varejo de proximidade, em grande parte, aos efeitos da pandemia de Covid-19. Durante o período de isolamento e restrições, os consumidores passaram a valorizar mais a praticidade, a economia de tempo e os custos reduzidos com deslocamentos, o que impulsionou a demanda por esses estabelecimentos próximos às suas residências. Além disso, a busca por agilidade nas atividades do dia a dia também contribuiu para a expansão deste segmento do comércio varejista.
Além do varejo de proximidade, o levantamento da Fecomercio-SP apontou que os supermercados foram o segmento com o maior número de vagas de emprego criadas, chegando a quase 98 mil novas vagas. Isso representou um crescimento de 8,7% no estoque de vínculos ativos nesse setor. Em seguida, outras atividades do varejo que se destacaram em termos de criação de empregos foram os produtos farmacêuticos sem manipulação de fórmulas, os minimercados, mercearias e armazéns, os combustíveis para veículos automotores e os materiais de construção em geral, com variações positivas de 17,9%, 17,6%, 13,4% e 14%, respectivamente. Esta diversificação de setores do varejo mostra a resiliência e a capacidade de adaptação desse mercado frente às demandas dos consumidores e às transformações econômicas.