Vale fecha acordo de R$ 170 bi por desastre em Mariana
Em 05 de outubro de 2015, o Brasil foi palco de uma tragédia ambiental sem precedentes, quando uma barragem de rejeitos de mineração rompeu-se, causando uma devastação sem precedentes. Trata-se de um dos desastres ambientais mais impactantes da história do país, evidenciando os sérios problemas relacionados à gestão de resíduos de mineração.
As mineradoras Vale e BHP elevaram para 170 bilhões de reais a proposta de compensação apresentada às autoridades brasileiras pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana, Minas Gerais, no ano de 2015, conforme anunciado pelas empresas nesta sexta-feira ( 18/10).
Essa oferta abrange responsabilidades passadas e futuras, visando atender tanto as pessoas e comunidades afetadas quanto o meio ambiente. De acordo com comunicados enviados separadamente ao mercado, as empresas destacaram a importância de cumprir com suas obrigações nesse caso.
O desastre ambiental ocorrido em 5 de novembro de 2015 foi considerado a pior catástrofe desse tipo na história do Brasil, resultante do rompimento da barragem de rejeitos de uma mina de ferro da Samarco, empresa pertencente à Vale e BHP.
Dentro da proposta apresentada, as empresas se comprometem a pagar 100 bilhões de reais às autoridades locais ao longo de 20 anos, além de destinar outros 32 bilhões para ações de indenização individual, reassentamento e recuperação ambiental. Os 38 bilhões restantes se referem a valores já investidos em medidas de reparação e compensação, conforme informado pelas mineradoras.
As gigantes da mineração estão em negociação com as autoridades brasileiras há anos, buscando chegar a um acordo que possa encerrar as ações judiciais relacionadas a esse episódio.Neste contexto, na próxima segunda-feira, terá início em Londres um megajulgamento que terá a BHP como ré, relacionado ao mesmo caso envolvendo o rompimento da barragem em Mariana.