Trump solicita adiamento de sentença por suborno após eleição
O ex-presidente enfrentou a decisão da corte de Nova York que o condenou com base em 34 acusações criminais. As acusações abrangem uma série de crimes que foram devidamente julgados pelas autoridades locais, resultando assim em uma sentença desfavorável para o réu. A condenação reflete a gravidade dos atos cometidos e reforça a importância do cumprimento da lei para manter a ordem e a justiça na sociedade.
Os advogados de Donald Trump fizeram um pedido ao juiz responsável pelo caso de suborno em Nova York. Eles solicitaram o adiamento da sentença do ex-presidente até depois das eleições presidenciais de novembro. A CNN obteve uma carta que revelava essas informações.
Trump foi condenado em maio por 34 acusações criminais relacionadas à falsificação de registros comerciais para encobrir um pagamento feito à estrela de filmes pornográficos, Stormy Daniels, antes das eleições de 2016. A sentença está originalmente marcada para o dia 18 de setembro, mas os advogados do ex-presidente tentam adiá-la, além de remover o juiz Juan Merchan do processo.
Esta solicitação de adiamento é mais uma estratégia da defesa de Trump para contestar a condenação, atrasar o desfecho do caso e questionar a imparcialidade do juiz. A audiência já foi adiada uma vez, quando Merchan remarcou a data originalmente prevista para 11 de julho para setembro, após uma decisão da Suprema Corte dos EUA que concedeu certa imunidade presidencial a Trump em processos criminais.
O juiz afirmou que irá avaliar o pedido de anulação da condenação com base nessa decisão de imunidade no dia 16 de setembro. Os advogados de Trump, Todd Blanche e Emil Bove, argumentaram, em carta datada de quinta-feira (15), que um único dia útil é um prazo muito curto para que o presidente exerça seus direitos legais. A carta também destaca que a sentença está programada para após o início da votação antecipada em alguns estados, antes do dia da eleição.
Os advogados de Trump criticaram a rapidez com que o processo está sendo conduzido, alegando interferência eleitoral e falta de fundamento para manter a data original da sentença. Eles afirmaram que não existe motivo válido para pressa neste caso.
Recentemente, Merchan rejeitou a possibilidade de se afastar do caso, apesar do envolvimento de sua filha na política democrata. Um comitê de ética não encontrou motivos para que o juiz se mitigasse. Em sua decisão, Merchan enfatizou que as decisões judiciais são baseadas em evidências e na lei, sem favorecimentos ou influências indevidas, como ocorre ao longo da tramitação deste caso.
A batalha legal em torno da sentença de Trump continuará a ser acompanhada de perto, acrescentando mais um capítulo intrigante ao legado político e jurídico do ex-presidente dos Estados Unidos.