Trabalhadores da Boeing encerram greve com reajuste salarial de 43,65% nos EUA
Durante quase dois meses, as fábricas da empresa de aviação permaneceram inoperantes nos estados de Washington, Oregon e Califórnia.
Aeronave Boeing 737 Max durante exibição no Farnborough International Airshow, em Farnborough, Reino Unido] 20/07/2022 REUTERS/Peter Cziborra Foto: Reuters Reprodução: https://www.terra.com.br/
O governo Biden desempenhou um papel crucial nas negociações recentes, tendo a Secretária do Trabalho, Julie Su, como intermediária. A celebração da vitória foi notável entre os líderes sindicais Jon Holden e Brandon Bryant, representando os Distritos 751 e W24 da IAM, respectivamente. Eles destacaram o acordo como um marco expressivo para os trabalhadores da Boeing, enfatizando a importância de lutar por condições justas no ambiente de trabalho.
O novo contrato conquistado traz uma série de benefícios significativos para os funcionários, incluindo um aumento salarial progressivo ao longo de quatro anos (13%, 9%, 9% e 7%), um generoso bônus de ratificação de US$ 12 mil, opções flexíveis de recebimento, reforços no plano de incentivo de produtividade (AMPP) com pagamento mínimo anual de 4%, e ainda uma correspondência de até 8% da contribuição para o 401(k) por parte da empresa. Além disso, houve melhorias substanciais no plano de aposentadoria, nas regras de horas extras, na cobertura de saúde e um plano reforçado para incapacidades temporárias e permanentes.
Gary R. Allen, vice-presidente geral da IAM, ressaltou a magnitude do impacto desse acordo, descrevendo-o como uma transformação para muitos trabalhadores. Ele destacou que esse é o maior avanço obtido em uma convenção coletiva nos últimos anos e indicou que servirá de referência para o restante da indústria. Vale ressaltar que a IAM é uma das maiores organizações sindicais da América do Norte, representando cerca de 600 mil membros ativos e aposentados.
Essa conquista firmada com a Boeing estabelece um novo padrão para os profissionais do setor aeroespacial. A entidade sindical enfatizou que o acordo reforça o poder da negociação coletiva como um meio para garantir conquistas duradouras para os trabalhadores. A união e a determinação dos sindicatos e dos trabalhadores desempenham um papel fundamental na busca por melhores condições e benefícios no ambiente de trabalho, contribuindo para uma relação mais equilibrada e justa entre empregadores e empregados.
