Solidariedade e reconstrução: pequenos produtores de moda no Rio Grande do Sul após as chuvas

Bate um mês das fortes chuvas sobre o Rio Grande do Sul, trazendo uma onda de solidariedade e esforços de reconstrução. O setor da moda, assim como outros, foi duramente impactado. O Fashion Revolution Brasil conversou com pequenos produtores locais, donos de marcas e brechós, que relataram os estragos e o poder do trabalho coletivo

Esse trabalho coletivo se manifestou na mobilização para ajudar a limpar bairros, arrecadar mantimentos, carregar colchões e até realizar rifas solidárias. Um exemplo é a Akitti, criada por Pietra Scheffel, que focou sua atenção em limpar o Vila Flores após a tragédia. Mesmo com sinais de esperança no horizonte, há preocupações em relação ao futuro da moda local em Porto Alegre, especialmente no que diz respeito a questões como aumento do preço do aluguel e seguros mais caros

A cooperativa de costura Justa Trama também enfrentou sérios problemas, com algumas sócias perdendo tudo. A solidariedade aparece na forma de um centro de recebimento e distribuição de doações que atendeu cerca de 700 famílias da região. A importância da comunicação para um consumo mais sustentável também é destacada, bem como a necessidade de ações conjuntas entre marcas locais e gestão pública

Natalia Guasso do brechó Brick de Desapegos reflete sobre a necessidade de ações coletivas e solidárias para enfrentar os desafios futuros em meio a um cenário de incertezas. A população do Rio Grande do Sul, que já vinha sofrendo com a crise climática desde 2023, enfrenta agora mais esse desafio. O governador do estado estima um período de seis a um ano para a reconstrução da região, mas sabemos que o caminho será longo e desafiador

As recentes chuvas trouxeram à tona a urgência de ações preventivas e de adaptação para lidar com a crise climática em curso. É hora de unir esforços, ouvir a comunidade local e trabalhar em conjunto para construir uma nova realidade em Porto Alegre e em todo o Rio Grande do Sul.