Setor varejista brasileiro tem crescimento em novembro abaixo do esperado
No período comparado com o mesmo mês do ano anterior, o crescimento registrado foi de 2,1%, ficando abaixo das projeções iniciais que apontavam um avanço de 3,7%. A diferença entre os números esperados e os resultados alcançados pode ser atribuída a diversos fatores, como o cenário econômico global, políticas internas e externas, e até mesmo flutuações no mercado financeiro. É importante analisar esses dados com cautela para compreender melhor o panorama atual e possíveis tendências futuras.
As vendas varejistas no Brasil apresentaram um aumento em novembro, retomando o crescimento após um leve tropeço no mês anterior. No entanto, os números ainda ficaram abaixo das projeções esperadas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de varejo registrou alta de 0,5% nas vendas em comparação com outubro, quando houve um recuo de 0,2%. Apesar disso, o resultado ficou significativamente aquém das expectativas apontadas em pesquisa da Reuters, que estimava um crescimento de 1,1%.
Na comparação com novembro do ano anterior, houve um avanço de 2,1%, porém também abaixo da expectativa de 3,7%. Com esses números, o terceiro trimestre encerrou com um aumento de 0,3% nas vendas em relação aos três meses anteriores. Isso evidencia uma desaceleração diante dos avanços de 1,5% e 2,7% observados nos trimestres anteriores.
Segundo Cristiano Santos, gerente de pesquisa do IBGE, o comércio foi impulsionado no ano pelo desempenho do varejo no primeiro semestre. No entanto, ele ressalta que, de maneira geral, o setor está em um patamar elevado. Fatores como mercado de trabalho aquecido, aumento da massa salarial, expansão do crédito e controle da inflação têm favorecido o consumo ao longo do ano. Ainda assim, há expectativas de uma perda de força no segundo semestre devido à taxa de juros elevada e ao arrefecimento da economia.
No que diz respeito às atividades do varejo, quatro delas apresentaram resultados positivos em novembro, de acordo com o IBGE: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,5%), Combustíveis e lubrificantes (2,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,6%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3%). Por outro lado, setores como Móveis e Eletrodomésticos (-2,9%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,9%) registraram queda nas vendas.
Por fim, no comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 1,8% em novembro em relação a outubro. Esses números revelam um panorama complexo do varejo brasileiro, que reflete as oscilações econômicas e comportamentais dos consumidores no país.