Previsão de crescimento global em 2024 sobe para 3,2%, diz OCDE
A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024 foi elevada em um ponto percentual pela organização em questão. Essa revisão demonstra uma perspectiva mais otimista para a economia do país no próximo ano, refletindo possíveis melhorias nos indicadores econômicos e um cenário mais favorável para os investimentos e o desenvolvimento sustentável.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou nesta quarta-feira (25/09) que a economia mundial está prevista para crescer a uma taxa de 3,2% do PIB em 2024, o que representa um aumento de 0,1 ponto percentual em relação à previsão anterior. Esse cenário de crescimento é impulsionado pela redução da inflação em diversos países, conforme destacado no relatório trimestral de perspectivas econômicas da organização sediada em Paris.
De acordo com a OCDE, o crescimento econômico foi robusto em várias nações do G20, com destaque para Estados Unidos, Brasil, Índia, Indonésia e Reino Unido. No entanto, em meio a um contexto de crescimento resiliente e queda da inflação, alguns países apresentaram resultados mais modestos, como é o caso da Alemanha – considerado o motor econômico da Europa – e da Argentina, onde a produção encolheu.
A OCDE revisou para cima as projeções de crescimento do Brasil em 2,9% do PIB em 2024, um aumento de 1 ponto percentual, e do Reino Unido em 1,1%, uma elevação de 0,7 ponto percentual em comparação com as previsões feitas em maio. No mesmo período, a Espanha registrou um crescimento de 2,8%, aumentando 1 ponto percentual, superando países como Alemanha, França e Itália em termos de expansão econômica.
Entre as principais economias, as projeções para 2024 não foram alteradas para os Estados Unidos (2,6%) e China (4,9%), porém houve revisões para baixo no caso do México (1,4%) e uma prevista maior contração na Argentina, com -4% do PIB. O relatório destaca que o crescimento do PIB global deve se manter em 3,2% em 2024 e 2025, acompanhado por uma redução da inflação, melhora dos rendimentos reais e políticas monetárias menos restritivas.
A OCDE apontou que, nas economias do G20, a inflação global tem previsão de cair de 5,4% em 2024 para 3,3% em 2025, enquanto na Argentina permanece em níveis elevados, com estimativas de 147,5% e 46,7%, respectivamente. Diante desse cenário, a organização defendeu o aumento de impostos sobre a riqueza e questões ambientais como forma de melhorar a sustentabilidade da dívida, que cresceu consideravelmente na maioria dos países desenvolvidos.