Poluição e seca alteram cores de sol e rio em SP
A combinação da densa camada de poluição com a fumaça dos incêndios florestais resultou em um fenômeno impressionante: o sol de São Paulo adquiriu uma tonalidade laranja nos últimos dias. Além disso, o clima seco contribuiu para a proliferação de algas nas águas do Rio Pinheiros, causando sua coloração esverdeada.
A densa camada de poluição atmosférica e a fumaça proveniente de incêndios florestais acarretaram em um fenômeno peculiar esta semana: o sol de São Paulo adquiriu uma tonalidade alaranjada. Esse cenário adverso foi potencializado pelo clima seco, que também propiciou a proliferação de algas nas águas do Rio Pinheiros, conferindo-lhes um tom esverdeado.
A capital paulista registrou índices alarmantes de qualidade do ar, sendo classificada como a cidade com pior índice entre as grandes cidades do mundo tanto ontem quanto hoje. Na parte da manhã, nove das 22 estações de monitoramento distribuídas na Região Metropolitana de São Paulo apontaram uma situação considerada “muito ruim”, onze marcaram como “ruim” e somente duas indicaram uma condição “moderada”. Essas informações foram obtidas por meio de monitoramento de organização parceira da ONU especializada em avaliar a qualidade do ar em metrópoles globais.
Além disso, a proliferação de algas no Rio Pinheiros contribuiu para a deterioração do meio ambiente. Segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), o clima seco e a ausência de chuvas resultaram na redução do aporte de afluentes para o Rio Pinheiros, o que ocasionou uma diminuição do volume de água na calha principal. Com essa redução, a concentração de nutrientes se intensifica, criando um ambiente propício para a proliferação de algas, fenômeno que justifica a alteração na coloração da água, tornando-a verde.