Polêmica envolvendo manifestantes e governo de Ratinho Junior no Paraná
A Procuradoria-Geral do Estado do Paraná, que representa juridicamente o governo de Ratinho Junior (PSD), solicitou a abertura de um inquérito policial contra os professores que se manifestaram em oposição ao projeto que entrega escolas da rede pública à gestão privada.
No documento encaminhado à Polícia Civil, o procurador-geral do estado, Luciano Borges dos Santos, pede a apuração de supostas condutas antidemocráticas em 3 de junho, dia em que o projeto foi aprovado em primeiro turno na Assembleia Legislativa sob forte reação de profissionais da educação. Os manifestantes romperam barreiras montadas por policiais e forçaram a entrada nas dependências da Casa.
O pedido da Procuradoria é para que os professores sejam enquadrados no crime de abolição do Estado Democrático de Direito, alegando que tentaram impedir o exercício do poder constitucional atribuído à Alep. Walkiria Olegário Mazeto, presidenta do APP-Sindicato, que representa os docentes, criticou a medida, destacando a intransigência do governo contra os servidores da educação.
A sindicalista também contestou o argumento da gestão Ratinho de que a greve dos professores teria sido deflagrada de maneira intransigente, ressaltando a falta de diálogo prévio. Ela negou a promoção de ‘atos antidemocráticos’ e questionou a celeridade na votação de um projeto que impacta significativamente as escolas estaduais, afirmando que não houve espaço para discussões adequadas.