PF prende chineses por contrabando de barbatanas de tubarão
Durante uma operação policial, os suspeitos alegaram que a carga apreendida seria destinada ao seu próprio consumo. No entanto, a Polícia os autuou por envolvimento na prática de contrabando, conforme estabelece a legislação vigente. Esse tipo de ocorrência evidencia a importância do combate ao comércio ilegal, visando garantir a segurança e a regularidade nas transações comerciais.
Dois cidadãos chineses, um de 68 anos e outro de 72, foram detidos na última terça-feira, 3 de novembro, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, enquanto tentavam deixar o Brasil com produtos da fauna brasileira sem autorização legal.
No momento da abordagem, a Polícia Federal encontrou na bagagem dos indivíduos cinquenta unidades de barbatanas de tubarão, trinta e oito pepinos do mar, cerca de três quilos de bexigas natatórias e quase um quilo de pescado seco. Todos os itens foram apreendidos e serão descartados corretamente.
Durante o depoimento prestado às autoridades, os suspeitos informaram que estavam transportando os produtos para Hong Kong, no Sudeste da China, com a finalidade de consumo pessoal. A descoberta ocorreu logo após os chineses passarem pelo procedimento de raio-x, obrigatório para todos os passageiros. As malas foram então abertas na presença de um fiscal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e de testemunhas.
Foi constatado que, apesar de possuírem Registro Nacional de Migrante Permanente no Brasil, os indivíduos não possuíam autorização legal para o transporte internacional de material biológico, resultando em suas prisões pela prática de contrabando e crimes ambientais, além da imposição de multas.
O IBAMA destacou que os tubarões são espécies listadas na Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), o que significa que são animais que precisam ser preservados e cujo comércio internacional é proibido.
A ação realizada no Aeroporto de Guarulhos reforça a importância do combate ao tráfico de animais e produtos da fauna silvestre, uma prática que põe em risco a biodiversidade e a preservação de espécies vulneráveis.