PF investiga juízes por suspeita de venda de sentenças no Tocantins
A Polícia Federal está realizando o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e 60 mandados de busca e apreensão como parte de uma operação em andamento. A ação visa desmantelar uma suposta organização criminosa que vinha atuando de forma ilícita em diferentes áreas. A diligência dos agentes federais busca coletar provas e evidências que possam contribuir para as investigações em curso, visando garantir a segurança e o cumprimento da lei.
A Polícia Federal (PF) iniciou a Operação Máximus no Tocantins nesta sexta-feira, 23, com o objetivo de investigar supostas práticas ilícitas envolvendo juízes do Tribunal de Justiça, suspeitos de vendas de sentenças. No decorrer da ação, estão sendo executados dois mandados de prisão preventiva e outros 60 mandados de busca e apreensão em diferentes localidades, como Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal.
Entre as medidas tomadas, destacam-se o afastamento dos cargos públicos, bem como o sequestro e a indisponibilidade dos bens, direitos e valores dos envolvidos. A Polícia Federal se debruça sobre possíveis práticas de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa no Judiciário do Estado do Tocantins. As autoridades alegam que os magistrados sob investigação seriam responsáveis por negociar sentenças e decisões judiciais.
De acordo com informações veiculadas pela TV Anhanguera, afiliada da TV Globo, agentes policiais estiveram na residência do desembargador João Rigo Guimarães, na cidade de Araguaína, situada na região norte do Tocantins. Ressalta-se que o desembargador já exerceu a presidência do Tribunal de Justiça do estado e atualmente ocupa o cargo de presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins. Há dias, a Polícia Federal havia desencadeado a Operação Fames-19, que tinha como alvo Wanderlei Barbosa, o governador do Tocantins, acusado de desvios na contratação de empresas para a distribuição de cestas básicas.