Petróleo fecha em queda com valorização do dólar, mas avança na semana
Contratos futuros de petróleo caíram nesta sexta-feira, porém avançaram na comparação semanal
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda hoje, influenciados pelos ganhos do dólar, no entanto, registraram avanço significativo na comparação semanal.
Sinais de um mercado mais apertado foram os responsáveis por sustentar os ganhos ao longo da semana, juntamente com uma certa cautela em relação ao quadro geopolítico. O preço do barril de petróleo WTI para agosto encerrou o dia com queda de 0,69% (US$ 0,56), sendo cotado a US$ 80,73 na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para setembro teve uma queda de 0,62% (US$ 0,53), chegando a US$ 84,33 o barril na Intercontinental Exchange (ICE). Na análise semanal, o contrato do WTI apresentou um crescimento de 2,91%.
Durante o dia, o preço do petróleo já apresentava desvalorização, sendo pressionado pela valorização do dólar. Esse movimento cambial torna o petróleo mais caro para detentores de outras moedas, limitando a demanda pela commodity. Adicionalmente, havia espaço para ajustes após os ganhos recentes observados. O dólar fortaleceu-se ainda mais após a leitura acima do esperado do índice de gerentes de compras (PMI) composto dos EUA, conforme pesquisa da S&P Global.
O Santander US observou que a Ucrânia continuou atacando ativos russos relacionados ao petróleo durante o conflito entre os dois países. O banco destacou que, ao longo da semana, dois depósitos de petróleo em território russo foram alvos de ataques. As tensões no Oriente Médio também permaneceram em evidência nos últimos dias, com possíveis confrontos entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, e a incursão de Israel na Faixa de Gaza após um ataque do Hamas ocorrido em outubro.
O Commerzbank avalia que o petróleo conseguiu se recuperar completamente das dificuldades enfrentadas com as decisões recentes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), permanecendo apoiado por várias crises, especialmente a escalada de conflitos entre Israel e o Hezbollah. O banco alemão espera que os investidores mantenham o foco no Oriente Médio na próxima semana, especialmente devido à ausência de indicadores econômicos significativos. Para o Commerzbank, é provável que o mercado de petróleo tenha escassez de oferta no segundo e terceiro trimestres deste ano, em virtude dos cortes voluntários realizados pelos membros da Opep+. Por outro lado, o TD Securities enxerga os contratos com um modesto suporte decorrente da diminuição dos estoques.
Na agenda de hoje, a Baker Hughes reportou uma redução de 3 poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA na última semana, totalizando 485 ativos.