MPT: Entrega rápida ilegal prejudica entregadores de aplicativo
O serviço de entrega rápida oferecido pelo iFood, que promete entregar os produtos solicitados através do aplicativo em um prazo de até 15 minutos, está sob escrutínio devido ao possível descumprimento de leis nacionais e à exposição dos entregadores a riscos de acidentes enquanto tentam fazer as entregas.
A entrega expressa do iFood, que promete a chegada de produtos solicitados através do aplicativo em um prazo de até 15 minutos, tem gerado questionamentos sobre a sua legalidade e impacto na segurança dos entregadores, segundo fontes consultadas pela Repórter Brasil.
De acordo com Renan Kalil, procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), qualquer medida que resulte em um aumento na velocidade dos entregadores, levando-os a trabalhar sob pressão do tempo em detrimento de sua própria segurança, acaba por aumentar os riscos envolvidos nas entregas.
Para Gilberto Almeida dos Santos, presidente do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas Intermunicipais do Estado de São Paulo (SindimotoSP), a prática adotada pela empresa vai de encontro às estatísticas de acidentes, pois coloca os trabalhadores em situações de correria no trânsito, sem o devido preparo adequado para lidar com tais demandas.
Nesse sentido, a estratégia de entrega rápida, embora seja vista como conveniente para os consumidores, levanta preocupações sobre a segurança e os direitos dos profissionais envolvidos nesse serviço. As denúncias feitas pelas fontes ouvidas reforçam a importância de se analisar a fundo os impactos desse modelo de negócio na vida dos trabalhadores, bem como a necessidade de garantir condições dignas e seguras para a realização das entregas.
Assim, a discussão sobre a legalidade e os potenciais riscos associados à entrega expressa do iFood revela a complexidade das questões envolvendo o mercado de entrega de produtos por aplicativos e a necessidade de se buscar um equilíbrio entre a satisfação do consumidor e o respeito aos direitos trabalhistas dos entregadores.