Ministro Moraes inicia nova investigação contra Allan dos Santos por falsificar mensagens
Um influenciador digital alinhado ao Governo Bolsonaro é acusado de ter forjado mensagens com o intuito de difamar a reputação da jornalista Juliana Dal Piva.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, tomou a decisão de abrir uma nova investigação contra o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, alegando que ele teria forjado mensagens contra a jornalista Juliana Dal Piva.
Para Moraes, essa nova investigação tem conexão com outros inquéritos que estão sob sua relatoria, como é o caso das fake news, das milícias digitais e também do que investiga os atos golpistas ocorridos em 8 de Janeiro. A determinação do ministro foi datada do dia 23 de julho e foi disponibilizada no sistema do STF nesta terça-feira, dia 30.
Além disso, Alexandre de Moraes exigiu que o antigo Twitter, agora chamado de X, e a Meta, empresa proprietária do Instagram, bloqueiem os perfis de Allan dos Santos em um prazo de duas horas, sob pena de multa diária no valor de 100 mil reais.
A jornalista do ICL Notícias acusa o blogueiro bolsonarista de ter criado diálogos falsos envolvendo seu nome. Nesses diálogos fraudulentos, Allan dos Santos afirma que Juliana Dal Piva teria tentado convencê-lo a não divulgar certos conteúdos, mencionando acordos supostamente firmados com a Polícia Federal e o STF.
Dal Piva formalizou uma denúncia na Corte, argumentando que os prints apresentados são falsos e solicitando que o caso seja investigado no âmbito do inquérito das fake news, que busca apurar a existência de uma milícia digital responsável por disseminar informações falsas e atacar as instituições democráticas.
A Procuradoria-Geral da República também havia manifestado a favor da abertura de uma nova investigação. No parecer emitido, o procurador-geral Paulo Gonet defendeu ainda o bloqueio de duas contas de Allan dos Santos nas redes sociais.
Atualmente, Allan dos Santos encontra-se nos Estados Unidos e é considerado um fugitivo da Justiça brasileira desde 2021, quando teve sua prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.