Ministro de Israel pede Exército para usar ‘força total’ na Cisjordânia: O que está por trás desse pedido?
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que deu instruções às Forças Armadas de seu país para realizarem ataques aéreos sempre que julgassem essenciais para garantir a segurança nacional. A declaração reforça a postura de Israel em manter-se vigilante e pronta para agir de forma decisiva diante de ameaças à sua soberania.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, emitiu uma declaração nesta quarta-feira (4/09) afirmando que o Exército deveria empregar “todas as forças” contra os combatentes palestinos na Cisjordânia ocupada, onde ocorreram várias fatalidades após uma operação militar israelense. Gallant enfatizou a necessidade de erradicar as organizações terroristas na região de Judeia e Samaria, diante do que ele chamou de ressurgimento do terrorismo.
Segundo o ministro, é imperativo eliminar as organizações terroristas, localizadas em cidades e campos de refugiados como Nur al Shams, Tulkarem, Faraa e Jenin, por meio de ações enérgicas. Ele ressaltou que todos os terroristas devem ser neutralizados e, em caso de rendição, presos, não havendo outra opção a não ser utilizar todas as forças necessárias com plena intensidade.
Gallant comparou a ação contra os combatentes a um processo de “cortar” a grama, indicando que, além de suprimir a ameaça imediata, será necessário extirpar suas raízes para lidar efetivamente com a questão. Ele informou que autorizou bombardeios aéreos pelos militares israelenses “quando necessário”, visando proteger as tropas de possíveis perigos.
Em 29 de agosto, foram realizados diversos ataques por forças israelenses no norte da Cisjordânia, nas localidades de Jenin, Tubas e Tulkarem. Os ataques, ainda em curso, resultaram em pelo menos 30 óbitos e 140 feridos, de acordo com informações do Ministério da Saúde do território palestino, sendo parte das vítimas combatentes.
A violência na região da Cisjordânia ocupada intensificou-se desde o início do conflito entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza, desencadeado pelo ataque do grupo islamista ao sul de Israel. As tensões têm crescido, e as ações militares israelenses na Cisjordânia fazem parte dos esforços para conter a violência e desmantelar as organizações terroristas atuantes na região.