Médicos indianos protestam após colega ser vítima de violência
Profissionais da área médica na Índia tomaram uma decisão drástica neste sábado em resposta ao recente caso de estupro e assassinato de uma colega em Kolkata.
Hospitais e clínicas na Índia decidiram não atender seus pacientes neste sábado, exceto em situações de emergência, em razão de uma paralisação de 24 horas liderada por profissionais da saúde em protesto contra o estupro e assassinato de uma colega na cidade de Kolkata, no leste do país. Mais de um milhão de médicos aderiram à greve, interrompendo os serviços médicos na nação mais populosa do mundo. Para enfrentar a escassez de profissionais, hospitais convocaram médicos das faculdades de medicina para atender casos de emergência
Em comunicado divulgado neste sábado, o governo, em acordo com representantes de associações médicas, solicitou o retorno dos profissionais ao trabalho em prol do interesse público. Como parte das ações para garantir a segurança dos profissionais de saúde, o governo anunciou a criação de um comitê para propor medidas de proteção. Em contrapartida, a Associação Médica Indiana informou que está analisando a oferta do governo, porém, não manifestou o encerramento da greve, que está programada para findar às 6 horas (horário local) de domingo
Essa paralisação é a mais recente iniciativa da comunidade médica em repúdio ao assassinato de uma residente de 31 anos, ocorrido em uma faculdade de medicina em Kolkata, onde a vítima trabalhava. O crime desencadeou protestos de médicos em todo o país e gerou indignação pública pela violência contra as mulheres, reavivando a memória do infame estupro coletivo de uma estudante de 23 anos em um ônibus em Nova Délhi em 2012.