Marte ampliará linha de salgadinhos em acordo de US$ 36 bi com Kellanova, fabricante da Pringles
A Mars, renomada fabricante de doces, está em negociação para adquirir a Kellanova, produtora dos famosos Cheez-It, em uma transação avaliada em quase 36 bilhões de dólares. Esse acordo histórico unirá marcas renomadas como M&M’s e Snickers, além de Pringles e Pop-Tarts, consolidando um dos maiores negócios do setor de alimentos. A aquisição está inserida em um contexto de intensas fusões e aquisições no setor de alimentos embalados nos Estados Unidos, conforme as empresas buscam aumentar sua escala para enfrentar a mudança de preferência dos consumidores por marcas mais acessíveis e saudáveis.
A Mars planeja fortalecer sua divisão de lanches e ampliar o investimento em opções mais saudáveis através dessa nova parceria. Com isso, a empresa visa atender a demanda do mercado por produtos nutricionais de qualidade. A transação, que supera a compra da Wrigley pela Mars em 2008, não deve enfrentar grandes obstáculos regulatórios, uma vez que a sobreposição entre as ofertas das duas empresas é limitada.
Após a conclusão do negócio prevista para o primeiro semestre de 2025, a Kellanova se integrará à Mars Snacking, liderada pelo presidente global Andrew Clarke e terá sua sede em Chicago. A valorização das ações da Kellanova em 7,4%, alcançando 80 dólares, reflete a confiança do mercado nessa transação. Com base no patrimônio líquido, a empresa foi avaliada em 28,58 bilhões de dólares.
A Kellanova, originada de uma divisão da WK Kellogg no ano passado, tem sua base de negócios na produção de lanches salgados e na comercialização de cereais fora da América do Norte. A possibilidade de outras empresas de alimentos replicarem essa estratégia de separação de segmentos de menor crescimento para atrair novos investidores é mencionada por especialistas do setor, destacando a dinâmica em constante evolução no mercado de alimentos embalados.
A gigante fabricante de doces Mars está adquirindo a Kellanova, fabricante de Cheez-It, em uma negociação avaliada em cerca de 36 bilhões de dólares, unindo marcas de alimentos populares que vão desde M&M’s e Snickers até Pringles e Pop-Tarts. Esse contrato é considerado um dos maiores do setor de alimentos de consumo.
A Mars anunciou, nesta quarta-feira, que concordou em pagar 83,50 dólares por ação da Kellanova, o que representa um prêmio de aproximadamente 33% sobre o preço de fechamento em 2 de agosto. Essa movimentação da Mars em direção à fabricante da Pringles foi inicialmente divulgada pela Reuters.
O setor de alimentos embalados nos Estados Unidos está enfrentando uma fase de intensas negociações devido à busca das empresas por maior escala para enfrentar os desafios resultantes da mudança dos padrões dos consumidores, que têm optado por marcas mais baratas, além do impacto da crescente adoção de medicamentos para perda de peso.
A Mars pretende fortalecer sua divisão de lanches, investir de forma local e introduzir alternativas mais saudáveis por meio do acordo com a Kellanova, pois considera essa categoria como altamente atrativa e resiliente. Atualmente, a Mars detém 4,54% do mercado de lanches nos EUA, enquanto a Kellanova tem cerca de 3,9%, o que as coloca bem atrás da líder de mercado PepsiCo.
Essa aquisição, que supera a compra da Wrigley pela Mars por 23 bilhões de dólares em 2008, não deverá enfrentar grandes desafios regulatórios devido à pequena sobreposição de ofertas entre as duas empresas, conforme relatado por especialistas jurídicos à Reuters. Após a conclusão da transação no primeiro semestre de 2025, a Kellanova passará a fazer parte da Mars Snacking, sob a liderança de Andrew Clarke, presidente global, com sede em Chicago.
As ações da Kellanova subiram cerca de 7,4%, sendo cotadas a 80 dólares no início das negociações de quarta-feira. Segundo um cálculo da Reuters, com base no patrimônio líquido, a empresa está avaliada em 28,58 bilhões de dólares. A Kellanova, que se separou da WK Kellogg em outubro passado, tem suas raízes no ramo de lanches salgados e comercializa cereais fora da América do Norte. A WK Kellogg ficou com o negócio norte-americano de cereais da Kellogg, sua empresa-mãe original.
“Agora entendemos por que a Kellanova optou por separar seu negócio de cereais doméstico, de crescimento lento, no ano passado. É provável que mais empresas do setor de alimentos processem ou dividam segmentos de crescimento mais modesto de seus portfólios, a fim de atrair novos compradores”, comentou Arun Sundaram, da CFRA Research.