Marido drogava esposa para estupros: julgamento é retomado
Um homem de 71 anos, Dominique Pelicot, terá seu julgamento retomado nesta segunda-feira (04/11) na França. Ele é acusado de drogar a esposa para que ela fosse estuprada por dezenas de estranhos. A corte ouvirá novos depoimentos de oito corréus no processo, que também envolve outros 50 acusados. Este caso chocante levanta questões sobre segurança, violência contra a mulher e cumplicidade em crimes hediondos. A sociedade aguarda por justiça e respostas diante de tamanha barbaridade.

Gisèle Pélicot, vítima de estupros coletivos na França, chega para julgamento dos acusados pelos crimes Imagem: Christophe Simon/AFP Reprodução: https://noticias.uol.com.br/
O julgamento de um homem acusado de drogar a esposa para ser estuprada por dezenas de estranhos terá seu recomeço nesta segunda-feira (4/11) na França, com o depoimento adicional de oito co-réus. O caso de Dominique Pelicot, de 71 anos, e outros 50 co-réus, com idades variando entre 26 e 74 anos, causou grande comoção e protestos em toda a França desde o início do processo em 2 de setembro, na cidade de Avignon, ao sul do país.
A vítima, Gisèle Pelicot, de 71 anos, tornou-se um símbolo do movimento feminista tanto na nação francesa quanto globalmente, ao insistir que o julgamento seja realizado de forma pública, com o intuito de inverter o papel de vergonha no caso.
A magnitude e a gravidade do caso chocaram a sociedade, provocando debates acalorados sobre questões de violência de gênero, consentimento e direitos das mulheres. As manifestações de repúdio e apoio à vítima evidenciam como episódios desse tipo não apenas abalam a confiança na justiça, mas também servem como catalisadores para reflexão e ação no combate a atos de violência contra as mulheres.
A coragem e a firmeza de Gisèle Pelicot em buscar justiça e visibilidade para seu caso são inspiradoras e, ao mesmo tempo, revelam a urgência de mudanças estruturais e culturais para garantir a proteção e a dignidade das mulheres em todos os âmbitos da sociedade. Este desafio enfrentado por Gisèle e por tantas outras vítimas destaca a importância do engajamento coletivo na luta por um mundo mais justo e igualitário.
O retorno do julgamento, com os depoimentos adicionais dos co-réus, traz à tona mais uma etapa desse doloroso processo, reforçando a necessidade de atenção e acompanhamento por parte da opinião pública e das autoridades competentes. A busca pela verdade, pela responsabilização dos culpados e pela reparação dos danos causados é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres.