Maria Beraldo reafirma sua voz queer em novo disco
A artista brasileira, conhecida por sua versatilidade como cantora, compositora e multi-instrumentista, surpreende seus fãs com o lançamento de sua mais recente música intitulada ‘Colinho’. Nesta colaboração especial, a talentosa cantora contou com a participação dos igualmente talentosos artistas Ana Frango Elétrico, Negro Léo e Zélia Duncan, prometendo uma experiência musical única e envolvente para todos os ouvintes.
Maria Beraldo, reconhecida por sua habilidade como instrumentista de roda de samba e choro, encontrou nos ambientes musicais onde toca clarinete e cavaquinho sua verdadeira vocação. Em entrevista nas redes sociais, ela descreve a roda como um espaço de aprendizado musical essencial em sua trajetória. O samba é sua casa, um lugar de escuta profunda e cultivo de sentimentos.
Agora, Maria Beraldo lança seu segundo álbum solo intitulado “Colinho”, sucedendo o álbum “Cavala” apresentado em 2018. Além de sua carreira solo, ela é integrante do grupo instrumental Quartabê, que já possui quatro trabalhos lançados. Em relação a “Cavala”, Maria descreve o novo disco como mais aberto, com participações especiais e uma pluralidade de gêneros musicais. Enquanto “Cavala” trata da solidão, “Colinho” transita por temas como desejo, sexualidade e política.
O álbum “Colinho”, composto por 11 faixas, sendo nove inéditas, conta com participações de artistas como Ana Frango Elétrico, Negro Leo e Zélia Duncan, além da produção de Maria Beraldo em parceria com Tó Brandileone. A artista destaca a importância de trazer à tona questões relacionadas à sua identidade como mulher lésbica e pessoa não binária, contribuindo para um diálogo necessário na sociedade.
Maria Beraldo se destaca como uma das vozes queer mais importantes da música brasileira, também atuando na composição musical para teatro e cinema. Sua versatilidade artística já lhe rendeu indicações e prêmios, como o Prêmio Shell de Teatro e o prêmio Bibi Ferreira. O álbum “Colinho” encerra com uma reverência a João Nogueira e Paulo César Pinheiro, ao regravar a obra-prima “Minha Missão”, ressaltando a mensagem de resistência e propósito que a música transmite.
Explorando sonoridades que vão do jazz ao punk, do pop à música eletrônica, Maria Beraldo define seu trabalho como uma constante pesquisa e experimentação. A diversidade sonora presente em “Colinho” reflete seu interesse em descobrir novas possibilidades musicais e em impactar o público com sua arte. Assista à entrevista de Maria Beraldo para conhecer mais sobre sua jornada musical e as inspirações por trás de “Colinho”.