Marcha: 10 anos depois, mulheres negras planejam levar 1 mi a Brasília

Em 2025, a organização está buscando estabelecer parcerias estratégicas com o governo, setor privado e sociedade civil com o objetivo de assegurar a concretização do evento planejado para esse ano. Essa ação demonstra a importância da colaboração entre diferentes atores da sociedade para viabilizar iniciativas de grande impacto e alcance.

Marcha das Mulheres Negras Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver, 2015, em Brasília - Foto: Marcello Casal Jr/ABR Reprodução: https://www.cartacapital.com.br/

As mulheres que lideram a organização da Marcha das Mulheres Negras estão demonstrando grande comprometimento ao planejarem o evento que acontecerá no dia 25 de novembro de 2025. Com uma visão à frente de seu tempo, elas têm como meta reunir um milhão de mulheres negras nas ruas de Brasília, na 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, dez anos após a primeira edição realizada em 2015.

Essa ambição representa um público dez vezes maior do que o registrado na marcha anterior. O propósito da mobilização vai além de pautas como o combate ao racismo e à violência, buscando também abordar a reparação e o bem-estar dessas mulheres em um contexto mais amplo. As lideranças do movimento destacam a importância de promover um projeto de país que atenda às demandas da população negra, majoritária no Brasil conforme o Censo de 2023, focando especialmente nas mulheres negras, porém sem deixar de ser inclusivo para toda a sociedade.

A primeira edição da Marcha das Mulheres Negras já deixou um legado significativo ao fortalecer e expandir a rede de organizações espalhadas pelo país, que ao longo dos anos têm promovido discussões sobre o empoderamento e a participação política das mulheres negras em diferentes esferas da sociedade. Atualmente, essas redes estão mobilizadas para enfrentar um novo desafio, que também demanda recursos financeiros consideráveis. Estima-se um orçamento de R$ 10 milhões para viabilizar a marcha nas proporções almejadas.

As lideranças ressaltam que esse esforço não se restringe apenas à articulação com o governo federal, por meio dos Ministérios da Mulher e da Igualdade Racial, mas também requer engajamento dos setores privados, da filantropia e da sociedade civil como um todo. Este apoio pode se dar através da destinação de recursos financeiros, bem como do fortalecimento das reivindicações apresentadas. A mobilização já está em andamento em diversas regiões do Brasil, com agendas organizadas pelo Comitê Nacional e por comitês estaduais e municipais.

A Marcha das Mulheres Negras 2025 conta com a colaboração de instituições renomadas como a Oxfam Brasil e o Fundo Agbara, um fundo filantrópico dedicado às mulheres negras. Todo esse movimento demonstra a força e a determinação das mulheres negras em buscar por seus direitos e por uma sociedade mais igualitária e inclusiva.

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