Mancha Verde sob investigação por possível ligação com facção após emboscada em SP

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira Costa, determinou que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado investigue a emboscada entre integrantes da torcida organizada Mancha Verde, do Palmeiras, e a Máfia Azul, do Cruzeiro. Essa decisão foi tomada em decorrência do ataque ocorrido nas primeiras horas da manhã de domingo, dia (27/10), próximo ao túnel de Mairiporã, no interior paulista.

Paulo Sérgio de Oliveira Costa repudiou veementemente o ocorrido, classificando-o como inaceitável e uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica na sociedade. Além disso, o procurador-geral determinou a entrada do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) no caso, ampliando as investigações sob responsabilidade do promotor Fernando Pinho Chiozzotto, de Mairiporã.

Uma das medidas tomadas pelo Ministério Público de São Paulo foi passar a considerar torcidas envolvidas em confusões como organizações criminosas, demostrando a gravidade do episódio ocorrido entre as torcidas do Palmeiras e do Cruzeiro.

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal, o ataque ocorreu quando um ônibus da torcida do Cruzeiro, que retornava de um jogo contra o Athletico-PR em Curitiba, foi interceptado por torcedores do Palmeiras, que estavam voltando de uma partida na capital paulista contra o Fortaleza. O resultado dessa ação criminosa foi a morte de um homem carbonizado e pelo menos 20 vítimas feridas, todas pertencentes à torcida do Cruzeiro.

Além das vítimas, o ônibus que transportava os torcedores do Cruzeiro foi incendiado, o que levou à interdição da pista pela concessionária da rodovia, Arteris, das 5h14 às 6h30, visando à segurança de usuários e colaboradores da estrada. Equipes dos bombeiros, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar foram acionadas para atender a essa grave ocorrência, que chocou a população e as autoridades locais.