Maduro se dispõe a divulgar total de votos
O presidente da Venezuela foi reeleito para um terceiro mandato após a decisão do conselho eleitoral do país. No entanto, a oposição levantou questionamentos e contestou os resultados da eleição. A reeleição do presidente gerou polêmica e intensificou o clima de disputa política no país. Este processo eleitoral tem sido marcado por controvérsias e divergências, refletindo a profunda divisão política que atualmente caracteriza a realidade venezuelana.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou nesta quarta-feira (31) que seu partido está preparado para disponibilizar todas as contagens de votos referentes à eleição realizada no domingo (28). Além disso, ele solicitou ao Tribunal Superior do país que assegure que todos os partidos políticos realizem o mesmo procedimento. Maduro também atribuiu aos opositores María Corina Machado e Edmundo González a responsabilidade pelo que ele classificou como um “ataque criminal”. Segundo o presidente venezuelano, tal ato teria como objetivo um “golpe de Estado utilizando o processo eleitoral”.
Nesta quarta-feira, Maduro apresentou um recurso eleitoral à Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça visando a realização de uma perícia para certificar os resultados das eleições presidenciais do último domingo. O líder venezuelano, que, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral, saiu vitorioso com 51,2% dos votos no pleito, solicitou a intervenção do mais alto tribunal para lidar com o que chamou de “ataque contra o processo eleitoral”. Ele descreveu a situação como uma “tentativa de golpe de estado” e enfatizou a importância de esclarecer todos os aspectos desse processo.
Além disso, Maduro solicitou à Câmara Eleitoral que convoque as instituições, os candidatos presidenciais registrados e os partidos políticos para, como destacou, “analisar o ocorrido nesse ataque e os elementos de prova”. O presidente venezuelano assegurou estar pronto para apresentar 100% das atas que estão sob sua posse. Por sua vez, a oposição argumenta que o Supremo Tribunal de Justiça, composto por 20 juízes, atende aos interesses do Poder Executivo.
Em janeiro, a Câmara Político-Administrativa considerou inadmissível a solicitação de proteção feita pela líder da oposição, Maria Corina Machado, visando suspender os efeitos da sanção administrativa imposta pela Controladoria-Geral da República, que a impedia de concorrer a cargos eletivos. A decisão do Tribunal determinou que a inelegibilidade de Machado terá a duração de 15 anos, a partir de setembro de 2021. Com informações da Reuters.