Líder de extrema direita da França expressa apoio à Ucrânia e rejeita envio de mísseis
O líder de extrema direita francês Jordan Bardella afirmou que apoia veementemente o direito da Ucrânia de se defender da invasão russa, manifestando solidariedade ao país em meio ao conflito. No entanto, em uma posição que visa evitar uma escalada no conflito, Bardella enfatizou que, se eleito primeiro-ministro, não fornecerá mísseis ou outros armamentos que poderiam ser utilizados para atacar o território russo.
Em suas declarações durante a feira de armas Eurosatory, próxima a Paris, Bardella destacou a importância de fornecer suporte à Ucrânia, garantindo que o país tenha os recursos necessários para manter sua defesa, sem, no entanto, contribuir para uma possível escalada na região. Ele deixou claro que sua prioridade é respaldar a Ucrânia, mas resguardando-se de medidas que possam aumentar os riscos de confronto.
Mesmo diante da possibilidade de seu partido, Reunião Nacional (RN), liderar o governo francês após as eleições parlamentares, Bardella assegurou que os compromissos internacionais da França, especialmente no que diz respeito à Otan, serão mantidos. Ele ressaltou a importância da credibilidade do país perante seus parceiros europeus e aliados da Otan, afirmando que não questionará os compromissos assumidos pela França no âmbito internacional.
A posição de Bardella levanta questionamentos sobre a política externa francesa em um possível cenário onde o partido RN venha a conquistar assentos suficientes para formar um governo. Embora o presidente Emmanuel Macron permaneça no cargo, a divisão de poder entre ele e um potencial primeiro-ministro do RN pode gerar impactos significativos em diversas áreas, como defesa, segurança e finanças. Bardella destacou que, em relação à defesa, a França manterá seus compromissos e aumentará os gastos na área, mas sem comprometer a estabilidade regional ou internacional.