Juíza mantém processo de acusado de tentar assassinar Trump
A juíza tem sido alvo de críticas devido a supostas questões de parcialidade em um caso específico, entretanto, ela afirmou categoricamente que não se afastará do processo. A controvérsia em torno da imparcialidade da magistrada tem gerado intensos debates e levantado questionamentos sobre a sua conduta no caso em questão.
Uma juíza federal nos Estados Unidos tomou uma decisão importante nesta terça-feira (29/10), que impacta diretamente um caso criminal envolvendo um homem acusado de tentar assassinar o ex-presidente dos Estados Unidos e candidato presidencial republicano à Casa Branca, Donald Trump. A juíza, que assumiu o cargo em 2020 durante a gestão do próprio Trump, rejeitou o pedido de afastamento feito pelos advogados do réu, Ryan Wesley Routh, alegando que não havia uma justificativa válida para tal solicitação.
No histórico da magistrada, já houve críticas em relação a decisões anteriores envolvendo Trump, como em casos cruciais relacionados a acusações de manuseio inadequado de documentos sigilosos e obstrução de justiça após sua saída da Casa Branca. Em um desses casos, a juíza rejeitou as acusações contra o ex-presidente, argumentando que o procurador especial que liderava o caso havia sido nomeado de maneira ilegal e, portanto, não possuía autoridade para conduzir a investigação.
Essa decisão, contestada pelo Departamento de Justiça e atualmente em processo de apelação, tem gerado controvérsias por supostamente contradizer jurisprudências de tribunais federais anteriores. Routh, o réu acusado de permanecer em vigília no campo de golfe de Trump armado com um rifle, se declarou inocente e corre o risco de prisão perpétua caso seja condenado.
Os advogados do acusado argumentam que a proximidade da juíza com Trump, tanto por suas decisões favoráveis ao ex-presidente quanto por sua nomeação ao cargo, pode gerar uma percepção de parcialidade por parte do público. A possibilidade de uma futura nomeação de Trump à uma instância superior do judiciário, caso vença a eleição marcada para 5 de novembro, também é citada como um ponto de preocupação em relação à imparcialidade da juíza no caso em questão.