Itaú analisa que a taxa Selic não pode ser mais reduzida

A equipe de pesquisa macroeconômica do Itaú, liderada por Mario Mesquita, ex-diretor do Banco Central, revisou suas projeções para a taxa básica de juros ao final de 2024 e 2025, indicando um aumento de 10,25% para 10,50%. Eles enfatizaram que, devido às expectativas de inflação em crescimento, atividade econômica robusta e maiores incertezas tanto no cenário doméstico quanto internacional, não há mais margem para novos cortes de juros.

Embora a última decisão do Copom tenha adicionado volatilidade, o mercado está começando a apostar na manutenção da taxa de juros, especialmente devido às piores projeções de inflação. O Itaú também alertou sobre riscos altistas, mantendo previsões de alta para o IPCA em 2024 e 2025 devido a fatores como atraso na recuperação de choques no setor alimentício e problemas no mercado de trabalho.

As projeções para crescimento do PIB, inflação e câmbio também foram mantidas, com atenção especial para fatores tanto internos quanto externos que podem influenciar a economia brasileira nos próximos anos. No campo fiscal, a equipe destacou a importância de um equilíbrio entre arrecadação e gastos para lidar com os desafios fiscais presentes e futuros do país.