Israel afirma ter neutralizado provável líder do Hezbollah

Militares israelenses comunicaram nesta terça-feira (22/10, horário de Brasília) terem neutralizado Hashem Safieddine, líder religioso que era apontado como possível sucessor de Hassan Nasrallah no comando do Hezbollah, no desdobramento de um ataque aéreo ocorrido há quase três semanas. Safieddine, com cerca de 60 anos, teria sido alvo de um ataque nos subúrbios ao sul de Beirute, conforme informado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). O Hezbollah, poderosa organização muçulmana xiita libanesa conhecida por conflitos com Israel, ainda não confirmou oficialmente a morte do clérigo.

Desdobramentos anteriores sugerem que o Hezbollah perdeu contato com Safieddine após ataques aéreos próximos ao aeroporto de Beirute, levando a especulações sobre sua condição. Na ocasião, fontes israelenses indicaram que o clérigo seria o alvo dos bombardeios, o que resultou em grandes explosões na região e nuvens de fumaça visíveis de manhã. Nesta terça-feira, as IDF também relataram a morte de Ali Hussein Hazima, apontado como comandante do Quartel-General de Inteligência do Hezbollah, no mesmo ataque.

As alegações das IDF incluem acusações de que Safieddine esteve envolvido em “ataques terroristas contra o Estado de Israel” e contribuiu ativamente com as decisões estratégicas do Hezbollah. A organização é reconhecida como militar, política e socialmente influente no Líbano, sendo designada como grupo terrorista por diversas nações, incluindo Israel, EUA e Reino Unido. O próprio Safieddine foi rotulado como “terrorista global” em 2017 pelos EUA e Arábia Saudita, e possuía laços familiares com o falecido general Qasem Soleimani, comandante militar iraniano morto em ataque dos EUA no Iraque em 2020.

Em um discurso recente, Safieddine abordou a questão da sucessão no Hezbollah, enfatizando a resiliência da organização em manter sua liderança mesmo diante de perdas significativas. Israel justificou sua ofensiva contra o Hezbollah após uma série de agressões transfronteiriças provocadas pelos conflitos em Gaza, visando garantir a segurança da população israelense na região de fronteira. Desde o início dos confrontos, o Líbano registrou mais de 2.400 mortos e cerca de 12.000 feridos, enquanto o Hezbollah lançou milhares de mísseis e drones contra Israel, resultando em vítimas no território israelense e nas Colinas de Golã ocupadas.