Inflação: acém teve alta superior à picanha em 2024; veja variação
Descubra os aumentos de preços em produtos e serviços essenciais e cotidianos, como café, gasolina, aluguel, medicamentos, vestuário e cuidados médicos, além de despesas com streaming e entretenimento, como ingressos para teatro e cinema, entre outros.
A pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para compilar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revelou dados interessantes sobre a variação dos preços de diferentes produtos ao longo de 2024.
Dentre as carnes avaliadas, o acém foi destaque ao apresentar o maior aumento de preço, atingindo 25,24%. Em seguida, a costela teve uma alta de 21,33%, superando o filé mignon, que registrou elevação de 18,53%. Já a picanha, conhecida por sua qualidade premium, teve um aumento mais moderado, de 8,74%.
Considerando todos os produtos analisados, o IPCA fechou o ano de 2024 com uma alta acumulada de 4,83%, conforme os dados divulgados recentemente. Esse índice representa um aumento de 0,21 ponto percentual em relação aos 4,62% registrados no ano anterior, o que representa uma nova falha em atingir a meta estabelecida pelo Banco Central.
Os segmentos que mais impactaram o IPCA em 2024 foram alimentação e bebidas, com um aumento de 7,69%, seguido por saúde e cuidados pessoais (6,09%) e transportes (3,30%). Destaca-se que o abacate foi o grande vilão do ano, com um expressivo avanço de 174,67% em seu preço, seguido por laranja lima (91,03%) e tangerina (74,24%). Por outro lado, o pepino registrou a maior queda de preço, com uma redução de 46,76%, seguido por cebola (35,31%) e tomate (25,86%).
Ao analisar os 50 itens com maior aumento de preço, observa-se que 39 pertencem ao grupo de alimentos, sendo que a pesquisa avalia um total de nove grupos diferentes. Além dos produtos alimentícios, outros itens com significativa elevação de preço foram o cigarro, com alta de 23,94%, joias (18,59%), aluguel de veículos (16,59%), serviços oftalmológicos (11,05%) e plataformas de streaming, que registraram um aumento de 10,88%.
O levantamento de preços realizado pelo IBGE para compilar o IPCA é feito em 13 áreas urbanas do Brasil, abrangendo cerca de 430 mil preços em 30 mil estabelecimentos distintos. O objetivo dessa pesquisa é mensurar a inflação de um conjunto específico de produtos e serviços comercializados no varejo e consumidos pelas famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos. Essa faixa de renda engloba 90% das famílias das áreas urbanas abrangidas pelo Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC). Os preços considerados são os praticados no pagamento à vista em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, residências e empresas concessionárias de serviços públicos.