Impactos do Verão Amazônico e suas Preocupações

Durante o período de julho a novembro, a região amazônica vive o chamado “verão amazônico”, caracterizado por altas temperaturas e baixa umidade, o que contribui para o aumento do risco de desidratação dos rios e ocorrência de incêndios florestais.

Foto: Climatempo Reprodução: https://www.terra.com.br/

O “verão amazônico” é um fenômeno climático característico da região amazônica, marcado pelo calor intenso e baixa umidade relativa do ar. Este período ocorre durante a estação seca, que vai de julho a novembro, quando as chuvas são menos frequentes e as temperaturas podem subir significativamente. A combinação de alta temperatura e baixa umidade durante o verão amazônico pode exacerbar problemas como a secagem de rios e lagos, a diminuição da umidade do solo, e o aumento do risco de queimadas e incêndios florestais. Além disso, a saúde das pessoas também é afetada, com um aumento na incidência de doenças respiratórias e problemas relacionados ao calor.

Apesar de ser um termo amplamente utilizado por especialistas para facilitar a compreensão, o “verão amazônico” é mais uma convenção cultural e social do que um termo científico. Na realidade, a região amazônica não possui estações definidas como inverno e verão, mas sim uma estação chuvosa e uma estação menos chuvosa ou seca. O termo “verão amazônico” é usado para descrever o período de poucas chuvas ou ausência delas, enquanto “inverno amazônico” refere-se ao período de chuvas intensas.

A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é fundamental para a variabilidade climática da região. Trata-se de um cinturão de nuvens que desempenha um papel crucial na precipitação na região norte do Brasil. Com a chegada do inverno no hemisfério sul e o resfriamento gradual dos oceanos, a ZCIT migra para o hemisfério norte, resultando na redução ou até cessação das chuvas na Amazônia. Consequentemente, a diminuição da quantidade de chuvas provoca o aumento da temperatura do ar local.

As preocupações para os próximos meses estão relacionadas ao nível baixo dos rios em amplas áreas da faixa norte, com algumas regiões em situação de alerta. Por exemplo, o nível do Rio Madeira, em Porto Velho (RO), reduziu 35 cm entre os dias 23 e 30 de julho, chegando à marca de 2,56 m, conforme monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Esta cota já é a mínima para o período. Em comparação, na mesma época em 2023, a cota era de 4,56 m, com a média esperada sendo de 5,8 m. O rio Madeira abriga duas das maiores usinas hidrelétricas do país: Jirau e Santo Antônio, que representam cerca de 7% da capacidade de geração do sistema elétrico brasileiro. Além do Amazonas, o Acre está em atenção. Devido aos reduzidos índices de chuva e baixa umidade relativa do ar, o governador Gladson Cameli decretou situação de emergência ambiental em todos os 22 municípios.

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