Impactos climáticos se metas de Paris não forem atingidas
Uma pesquisa recente aponta que, caso as políticas atuais sigam inalteradas, corremos o risco de atingir marcos críticos irreversíveis até o ano de 2100. Diante desse cenário preocupante, torna-se evidente a importância de agir de forma urgente e eficaz para evitar possíveis consequências desastrosas para o planeta.
Um estudo recente apontou que existe um risco considerável de ultrapassarmos pontos críticos no clima se mantivermos as políticas atuais até o ano de 2100, mesmo que as temperaturas voltem eventualmente aos níveis de 1,5°C até 2300.
O termo ‘pontos críticos climáticos’ se refere a mudanças irreversíveis no sistema climático da Terra, comparáveis a peças de dominó: uma vez que uma cai, pode acionar uma série de eventos subsequentes, resultando em impactos significativos e, muitas vezes, irreversíveis.
De acordo com o estudo, seguir as políticas climáticas em vigor pode resultar em probabilidade de 45% de ultrapassar um ponto crítico até 2300 e 76% em prazos mais distantes. Mesmo que consigamos reduzir a temperatura para 1,5°C depois de um período de aquecimento excessivo, isso não será suficiente para mitigar esses riscos.
Cada décimo de aumento acima de 1,5°C aumenta consideravelmente o risco de ultrapassar um ponto crítico no clima. Caso a temperatura ultrapasse 2°C, esse risco aumenta drasticamente, ressaltando a importância de manter o aquecimento “bem abaixo de 2°C”, conforme preconizado no Acordo de Paris.
Atingir e manter emissões líquidas zero de gases de efeito estufa é fundamental para limitar os riscos de ultrapassar pontos críticos climáticos. Isso implica na redução das emissões de carbono e, possivelmente, na utilização de tecnologias para remover o carbono da atmosfera.
Apesar dos esforços, existem várias incertezas sobre como o sistema climático irá responder à redução das emissões. Por exemplo, mesmo que as emissões sejam interrompidas, os níveis do mar podem continuar a subir por milhares de anos devido à resposta lenta das calotas de gelo.
O estudo enfatiza que as atuais políticas e comprometimentos não são suficientes para minimizar os riscos climáticos. Portanto, ações mais rápidas e eficazes são necessárias para reduzir as emissões e evitar um aquecimento global que possa desencadear mudanças irreversíveis no clima terrestre.
O recado é claro: urge agir agora para assegurar um futuro seguro para o nosso planeta. Cada fração de grau faz a diferença na batalha contra as mudanças climáticas.