Exército libanês reage a ataque israelense; retirada ordenada
As forças oficiais do Líbano afirmam que não estão envolvidas no conflito entre o grupo Hezbollah e Israel e reiteram sua posição contrária à guerra. Eles ressaltam a importância de manter a estabilidade na região e buscam distanciar-se das tensões entre as partes envolvidas.
O exército libanês informou que reagiu atirando de volta contra as forças israelenses, depois que um de seus soldados foi morto em um ataque israelense, marcando o primeiro envolvimento oficial das tropas libanesas nos confrontos com o país vizinho. Até então, era a milícia xiita libanesa Hezbollah, apoiada e financiada pelo Irã, que vinha combatendo Israel, enquanto o exército libanês mantinha uma postura neutra.
O Hezbollah detém o controle do sul do Líbano, onde concentra a maioria de seus soldados, armamentos e mísseis, operando de forma independente das Forças Armadas libanesas. O exército do Líbano negou as alegações de que recuou suas tropas da fronteira antes da invasão terrestre de Israel ao Líbano na noite de segunda-feira. Em uma declaração, os militares libaneses afirmaram que revidaram os disparos contra as fontes dos ataques, após Israel mirar em uma instalação militar na vila fronteiriça libanesa de Bint Jbeil.
A troca de tiros suscitou incertezas sobre a possibilidade de novos confrontos entre Israel e as forças libanesas. O Líbano pediu o fim dos combates entre o Hezbollah e Israel, indicando que não busca a guerra. O conflito em curso restringe-se entre Israel e o grupo militante Hezbollah, com posições contrárias e enraizadas há mais de quatro décadas. Israel reforça seu compromisso em neutralizar a ameaça representada pelo Hezbollah no Líbano, enquanto o grupo militante prossegue com ataques a alvos israelenses visando a destruição do Estado de Israel.
Nesta quinta-feira (3/10), Israel emitiu alertas de retirada para os moradores de vilarejos e cidades no sul do Líbano, ao norte da fronteira com Israel, em uma área que foi designada como “zona tampão” pelas Nações Unidas, após o conflito de 2006. Esses avisos sugerem uma possível intensificação da incursão israelense no sul do Líbano, que até o momento estava restrita às áreas próximas à fronteira.