EUA reforçam apoio militar a Israel no Oriente Médio
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou o envio de um sistema antimísseis para Israel, juntamente com militares americanos para operá-lo, visando reforçar a defesa do país aliado frente a possíveis ameaças. Esta ação demonstra o comprometimento dos EUA com a segurança de Israel e a estabilidade da região do Oriente Médio, onde conflitos e tensões têm sido recorrentes.
Os Estados Unidos ampliaram sua participação no confronto entre Israel e o Irã no Oriente Médio. No último domingo (13/10), Washington anunciou o envio de um sistema antimísseis e militares para Israel, com o intuito de fortalecer suas defesas antiaéreas. Essa decisão veio após um ataque de mísseis por parte do Irã, em 1º de outubro, que atingiu o território israelense. O Pentágono emitiu um comunicado informando que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, havia dado a ordem para enviar o chamado Terminal de Defesa Aérea para Grandes Altitudes (Thaad, na sigla em inglês) e pessoal militar para operá-lo, com o objetivo de “defender Israel”.
No dia 1º de outubro, o Irã lançou 200 mísseis balísticos contra Israel. Apesar do Exército israelense ter conseguido interceptar a maioria deles, alguns atingiram o centro e o sul do país. Até o momento, Israel não confirmou qual será a resposta ao ataque, no entanto, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou que a retaliação será “mortal, precisa e, acima de tudo, surpreendente”. Por sua vez, Teerã assegurou que também irá responder a possíveis ataques israelenses.
O anúncio feito por Washington ocorre em meio a uma escalada de tensões na região. O Pentágono destacou que o envio do Thaad “ressalta o compromisso inabalável dos Estados Unidos com a defesa de Israel e dos americanos em solo israelense contra quaisquer ataques adicionais de mísseis balísticos provenientes do Irã”. Esse não foi o primeiro envio do sistema antimísseis Thaad para o Oriente Médio, visto que os Estados Unidos já haviam enviado uma bateria para a região em resposta a ataques do grupo Hamas contra Israel no ano passado, além de um exercício de defesa aérea em território israelense em 2019.
O sistema Thaad é capaz de interceptar mísseis balísticos de curto e médio alcance na fase final do voo, utilizando a tecnologia conhecida como hit to kill, em que a ogiva é destruída pela energia cinética. Com um alcance de 200 quilômetros e capacidade de atingir uma altitude de 150 quilômetros, o Thaad está em operação desde 2017, tendo sido utilizado pelos EUA em Guam, Havaí e Coreia do Sul como medida de resposta a possíveis ameaças da Coreia do Norte.
O Irã justificou seu ataque de mísseis contra Israel como uma resposta aos supostos assassinatos do líder do grupo Hezbollah, Hassan Nasrallah, de um alto comandante da Guarda Revolucionária Iraniana em Beirute, e do líder do Hamas em Teerã, alegadamente cometidos por Israel. Israel intensificou seus ataques contra o Hezbollah no Líbano nas últimas semanas, atingindo áreas no sul, leste e na capital, Beirute. Desde outubro do ano passado, Israel e o Hezbollah vinham trocando disparos na fronteira, após a milícia libanesa iniciar ataques em solidariedade aos palestinos de Gaza.
O governo Biden pediu a contenção das ações militares em Gaza e a proteção dos civis palestinos por parte de Israel, porém reafirmou o direito do país de se defender, continuando a fornecer equipamentos militares. Os Estados Unidos possuem uma rivalidade histórica com o Irã e já se envolveram em resposta ao primeiro ataque iraniano contra Israel neste ano.