Especialistas apontam contradição em justificativa de Israel para atacar Irã
Especialistas em direito internacional apontam que a tese de autodefesa invocada por Israel para justificar os ataques ao Irã carece de sustentação legal. De acordo com análises de especialistas, o argumento utilizado por Tel Aviv, de que Teerã pode atacar…

Usina de Enriquecimento de Combustível de Fordow, no centro do Irã, foi alvo de bombardeios desde o início da guerra contra Israel Imagem: Maxar Technologies via AFP - 14/06/2025 Reprodução: https://noticias.uol.com.br/
A tese de autodefesa utilizada por Israel para justificar os ataques ao Irã está sendo questionada por especialistas em direito internacional.
De acordo com análises de especialistas no assunto, o argumento de Tel Aviv de que Teerã poderia atacá-lo caso obtivesse armas nucleares não é visto como suficiente para justificar a deflagração de uma guerra que já resultou na morte de civis dos dois lados do conflito.
A ONU destacou que “alguns ataques” de Israel ao Irã podem ter violado o direito humanitário internacional ao resultar na morte de civis. Uma missão enviada pelas Nações Unidas para investigar o conflito no Oriente Médio apontou que entre as vítimas fatais em Teerã estavam “dezenas de moradores de um condomínio”, além de três funcionários da Cruz Vermelha iraniana.
O organismo internacional ressaltou que Israel não teria alertado os civis iranianos sobre os ataques, tampouco lhes permitido se protegerem dos bombardeios. Essa conduta provocou sérias preocupações em relação aos princípios de proporcionalidade, distinção e precaução do direito humanitário internacional.