Donald Trump e Elon Musk: o que saber sobre a conversa
O magnata bilionário e membro do partido Republicano promoveram uma exibição ao vivo que ultrapassou a marca de duas horas no aplicativo X.
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, e o CEO da Tesla e proprietário do X, Elon Musk, tiveram uma longa conversa de mais de duas horas na noite de segunda-feira (12) em uma plataforma de mídia social. Durante o bate-papo, Trump respondeu a perguntas amigáveis que o levaram a discutir os temas da campanha política, ao mesmo tempo em que criticou as posições da atual vice-presidente Kamala Harris sobre economia e imigração.
Cerca de 15 minutos após o início da entrevista, milhares de pessoas que tentavam participar da conversa reclamaram que não conseguiam ouvir. Musk atribuiu o problema a um ataque hacker que sobrecarregou os servidores da empresa. Esse tipo de ataque, conhecido como “DDoS” (ataque de negação de serviço distribuído), ocorre quando hackers sobrecarregam um site com tráfego falso na tentativa de derrubá-lo. A transmissão ao vivo começou às 21h42, horário de Brasília.
Durante a entrevista, Trump mencionou ter percebido imediatamente que foi atingido por um projétil na orelha durante um comício de campanha na Pensilvânia no mês anterior. Musk, por sua vez, justificou seu apoio à candidatura presidencial de Trump após o incidente, elogiando a reação do ex-presidente no momento do ataque.
Trump fez críticas contundentes a Kamala Harris durante a conversa, apontando suas propostas e ações específicas. O ex-presidente culpou Joe Biden pela crise inflacionária, referindo-se ao governador de Minnesota, Tim Walz, como uma figura “anti-Israel e de esquerda radical”. Além disso, Trump reafirmou sua intenção de fechar o Departamento de Educação se for reeleito, seguindo a linha de posicionamento de seu partido.
Um dos pontos destacados por Trump foi sua percepção de que o “aquecimento nuclear” representa uma ameaça maior do que o “aquecimento global”, embora as declarações tenham gerado alguma incerteza. Musk mostrou-se disposto a desempenhar um papel na administração de Trump, oferecendo-se para auxiliar no controle dos gastos do governo.
Por fim, a campanha de Kamala Harris reagiu de forma irônica às questões tecnológicas do evento, repostando comentários críticos feitos por Trump em relação a um evento passado do governador da Flórida, Ron DeSantis. A equipe de Kamala afirmou que a campanha de Trump estava sendo influenciada por pessoas como Elon Musk, descrevendo-os como indivíduos ricos obcecados consigo mesmos, incapazes de realizar uma transmissão ao vivo satisfatória em 2024.