Dólar sobe 1% em meio a expectativas fiscais
O dólar subiu frente ao real nesta segunda-feira, acompanhando a tendência global de aumento da moeda norte-americana. Os investidores se preparam para uma semana repleta de dados econômicos e permanecem na expectativa do anúncio de medidas fiscais pelo governo brasileiro, além de estarem atentos a novidades provenientes da China e dos Estados Unidos.
Às 9h42, o dólar à vista subiu 1,07%, alcançando o patamar de 5,7990 reais na venda. Enquanto na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento teve alta de 0,70%, cotado a 5,794 reais na venda. O real seguiu a tendência negativa de outras moedas emergentes, com o dólar se fortalecendo em meio a eventos políticos e econômicos da semana anterior.
A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA tem contribuído para a valorização do dólar, visto que as propostas do presidente eleito, incluindo tarifas, são consideradas inflacionárias por analistas, o que impulsiona a moeda dos EUA diante das expectativas de possíveis aumentos nas taxas de juros norte-americano.
O dólar apresenta valorização frente ao real nesta segunda-feira, movimento que esta alinhado com os acontecimentos no mercado internacional. Os investidores se preparam para uma semana repleta de dados econômicos, ainda aguardando o anúncio de medidas fiscais por parte do governo brasileiro e atentos às notícias vindas da China e dos Estados Unidos. Às 9h42, o dólar à vista registrava alta de 1,07%, sendo cotado a 5,7990 reais na venda. Enquanto na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento apresentava elevação de 0,70%, sendo vendido a 5,794 reais.
O desempenho negativo de diversas moedas emergentes seguia o movimento do real, uma vez que o dólar norte-americano registrava ampla valorização em várias praças financeiras. Esse cenário é influenciado pelos acontecimentos políticos e econômicos da semana anterior. A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA vinha impulsionando a valorização do dólar nas últimas sessões, visto que as propostas do presidente, incluindo tarifas, eram consideradas inflacionárias por analistas, o que favorecia a moeda norte-americana diante da expectativa de um aumento das taxas de juros nos Estados Unidos. O índice do dólar, que avalia o desempenho da moeda frente a uma cesta de seis divisas, apresentava alta de 0,44%, sendo cotado a 105,470.
A possibilidade do Partido Republicano conquistar o controle total do Congresso dos EUA reforçava a expectativa da aprovação das medidas propostas por Trump. Esse cenário favorecia o que os analistas chamavam de ‘Trump Trade’, uma realocação de investimentos após a vitória expressiva do presidente norte-americano. No cenário dos mercados emergentes, a decepção dos investidores com as iniciativas de estímulo fiscal na China se mantinha. O país havia anunciado na sexta-feira um pacote de dívida de 10 trilhões de iuanes (cerca de 1,40 trilhão de dólares) como forma de aliviar as tensões relacionadas ao financiamento dos governos locais. Contudo, o pacote não atendeu às expectativas dos investidores, que aguardavam medidas fiscais mais robustas para evitar possíveis conflitos sino-americanos e barreiras comerciais após a vitória de Trump.
O presidente do banco central da China, Pan Gongsheng, afirmou que o país intensificará a regulação do ciclo econômico e adotará uma postura de apoio na política monetária, conforme comunicado da instituição divulgado nesta segunda-feira. O dólar avançava mais de 1% em relação ao peso mexicano, ao rand sul-africano e ao peso chileno. Na semana, os mercados estariam atentos a uma série de dados econômicos, principalmente as leituras de inflação nos EUA agendadas para quarta-feira, bem como indicadores importantes da zona do euro.
No cenário doméstico, a expectativa por medidas de contenção de gastos por parte do governo brasileiro também pressionava o real, com os investidores ansiosos após as reuniões realizadas pelos ministros do Executivo na semana anterior. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia indicado recentemente que restavam apenas “detalhes” para o anúncio do pacote fiscal, reafirmando a convergência de opiniões no governo sobre a importância de manter a sustentabilidade fiscal no longo prazo. Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, ressaltou que a paciência dos investidores poderia estar se esgotando diante da demora na divulgação das medidas.
Na curva de juros brasileira, as taxas de DI registram elevações expressivas, com os vencimentos de longo prazo apresentando altas em torno de 10 pontos-base, reflexo das preocupações fiscais que permeam o ambiente econômico.