Diversidade climática em São Paulo: fumaça, poeira, chuva e vento
Recentemente, uma intensa frente fria atingiu o estado de São Paulo, provocando significativas alterações climáticas. A precipitação resultante desse fenômeno proporcionou um alívio nas altas temperaturas e contribuiu para a redução dos focos de incêndio na região, ainda que de maneira temporária. Para conferir mais detalhes e visualizar imagens desse evento meteorológico, acompanhe a cobertura completa.
Tudo junto e misturado!! Os paulistas viveram condições climáticas impressionantes neste sábado, 31de agosto de 2024. A fumaça se espalhou por todo o estado, enquanto labaredas de fogo surgiram no interior e cortinas de poeira foram levantadas pelo vento forte. Além disso, o clima variou entre frio e calor em diferentes regiões de São Paulo. Para completar, a “faxina” proporcionada pela chuva forte trouxe a fuligem do céu para o chão, cobrindo quintais e carros. É o fenômeno conhecido como chuva “preta”, que já havia ocorrido anteriormente em São Paulo durante episódios de intensa fumaça.
O contraste térmico intenso causado pela chegada de uma forte frente fria em São Paulo resultou em rajadas de vento intensas em todo o estado, levantando muita poeira. As grandes nuvens de chuva que avançavam sobre São Paulo no sábado também contribuíram para as rajadas de vento. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, algumas regiões registraram rajadas de vento significativas, como 80 km/h em Pirassununga, 62 km/h em Ribeirão Preto e 61 km/h em Viracopos, na região de Campinas.
Ao mesmo tempo, o vento forte levantou poeira em alguns locais, dispersou a fumaça em outros e atiçou e espalhou ainda mais o fogo em algumas áreas do estado. Com um total de 3175 focos de incêndio em 23 dias, São Paulo registrou o maior número de focos para o mês de agosto desde 1998, início da série de dados de monitoramento de queimadas pelo INPE.
A quantidade de fumaça era tão intensa que chegou a “enganar” os radares meteorológicos, que originalmente detectam chuva. Os focos de queimadas no interior estavam tão fortes e extensos no dia 29 de agosto que os radares interpretaram a fumaça como nuvens de chuva. As manchas verdes registradas pelos radares meteorológicos de Bauru e de Presidente Prudente correspondiam à fumaça e não à chuva.
Às 17 horas do sábado, o contraste térmico era evidente, com temperaturas de 36°C em Ribeirão Preto e 15°C em Presidente Prudente. Esse fenômeno foi causado pela influência da frente fria que avançou sobre São Paulo, derrubando as temperaturas em diversas regiões do estado.
Depois de dias com baixa umidade do ar e calor acima da média para agosto, a chuva forte que caiu sobre a cidade de São Paulo no fim da tarde de sábado trouxe alívio. O fenômeno limpou a atmosfera, lavando a fuligem do céu para o chão, cobrindo carros e quintais. É importante destacar que a chuva aliviou os incêndios e o calor, assentou a poeira e melhorou a qualidade do ar temporariamente.
Com a previsão de temperaturas máximas em torno de 14°C para o próximo dia, há chance de recorde de menor temperatura máxima do ano em São Paulo. O ciclo de variações climáticas intensas deve continuar, com a volta do calor no fim de agosto e a consequente alta no risco de incêndios devido à maior estiagem.