Decisão final dos metroviários de São Paulo em relação à greve no Metrô

Os trabalhadores do Metrô de São Paulo optaram por aceitar as propostas do governo estadual e da própria empresa, evitando assim a paralisação das atividades prevista para a próxima quarta-feira, dia 12 de junho, cogitada anteriormente pela categoria. A decisão foi anunciada na noite de quinta-feira, dia 6, após uma votação realizada entre os funcionários.

Na assembleia do dia 5, convocada pelo sindicato dos metroviários, os empregados discutiram diversas propostas da empresa em resposta às demandas dos trabalhadores em campanha salarial. Dentre as questões abordadas estavam: o pagamento retroativo dos estepes horizontais desde março; a remuneração dos estepes verticais para técnicos de nível I; e a promoção dos funcionários aprovados em concursos internos, mas ainda não promovidos. Além disso, os trabalhadores reivindicaram o pagamento de metas cumpridas, denominado PR, no valor de R$ 3 mil, que será distribuído como abono salarial. Outros benefícios incluem a concessão de horas de trabalho para consultas médicas (exceção para fisioterapia e psicologia); a criação de um grupo de apoio a pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista; e reuniões com o sindicato dos seguranças do Metrô, devido à alegação de acúmulo de funções sem aumento salarial.

A maioria dos diretores concordou com as melhorias propostas, enquanto parte dos funcionários discordou, defendendo reajuste salarial de 3,68% (sendo oferecido apenas 2,77% pelo Metrô) e a realização de novos concursos para contratação de pessoal. Diante do impasse, uma votação foi realizada para decidir entre manter as negociações, com indicativo de greve para o dia 12, ou aceitar as condições oferecidas pelo governo, encerrando as negociações e evitando uma paralisação no transporte nos próximos dias. Com a decisão da categoria em não prosseguir com a greve, espera-se que as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô operem normalmente.