Clima extremo em Gaza pode agravar crise de saúde, alerta OMS
Artigo sobre as condições precárias de saúde dos palestinos deslocados na Faixa de Gaza devido ao calor intenso e intensos combates na região.
A Organização Mundial da Saúde emitiu um alerta preocupante nesta sexta-feira (21) sobre a situação na Faixa de Gaza, destacando que o calor extremo pode agravar significativamente a crise de saúde dos palestinos deslocados. A falta de água potável, alimentos e suprimentos médicos está criando uma iminente crise de saúde pública na região.
Richard Peeperkorn, representante da OMS para Gaza e Cisjordânia, ressaltou que o calor intenso pode resultar em contaminação da água e deterioração dos alimentos, além de aumentar o risco de doenças transmitidas por insetos. A precariedade das condições de água e saneamento já resultou em um alarmante aumento nos casos de diarreia, sendo 25 vezes superior ao normal.
A situação torna-se ainda mais grave com o avanço das forças israelenses nas últimas áreas que ainda não haviam sido atingidas pelo conflito. Rafah, no extremo sul, e a região ao redor de Deir al-Balah, no centro, são os focos das operações militares israelenses. Ahmed Al-Sofi, prefeito de Rafah, descreveu a cidade como uma ‘catástrofe humanitária’, onde os residentes estão sujeitos a bombardeios e falta de acesso a instalações médicas, comida e água.
Os militares israelenses acusaram o Hamas de utilizar civis palestinos como escudos humanos, enquanto o Hamas afirma que seus combatentes têm respondido a ataques israelenses. Os confrontos têm resultado em vítimas de ambos os lados, intensificando a destruição e o sofrimento da população civil. Ambos os lados trocam acusações, sem uma solução imediata à vista.
A guerra em Gaza deixou um rastro de devastação, com milhares de mortos e desabrigados. A comunidade internacional acompanha com preocupação a escalada do conflito e apela por um cessar-fogo imediato para evitar mais perdas humanas e sofrimento para a população local.