Aumento da conta de luz devido à bandeira amarela

O meteorologista da Climatempo, César Soares, divulgou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou que, a partir do mês de julho, a bandeira tarifária amarela será reativada. Isso significa que a cada 100kW/h consumidos, será acrescido um valor de R$ 1,885. Essa é a primeira mudança na bandeira desde abril de 2022, marcando 26 meses consecutivos com bandeira verde, que não implica em custos adicionais para os consumidores. Essa alteração se dá devido às condições desfavoráveis de chuva e ao clima mais quente do que o comum, o que impacta diretamente na geração de energia no país.

Neste período, que corresponde ao inverno, é comum observar os menores índices pluviométricos nas regiões centrais do Brasil, devido à presença de grandes massas de ar seco que causam bloqueios atmosféricos, conforme informado diariamente pela Climatempo. Atualmente, o subsistema Centro-Oeste/Sudeste é o que apresenta o menor volume de reservatórios equivalentes no país, com 66,57%, conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Algumas represas, como Furnas em Minas Gerais e Serra da Mesa, localizada entre o norte de Goiás e o sul do Tocantins, têm índices acima dos 60%, o que pode parecer satisfatório se comparado à situação de seca extrema enfrentada em 2021, quando Furnas chegou a ter menos de 30% de sua capacidade total.

Entretanto, as projeções climáticas indicam um cenário desafiador para a geração de energia. De acordo com a previsão da Climatempo, há uma tendência de chuvas abaixo do normal para o mês de julho, como evidenciado no mapa de precipitação. Os tons em laranja e vermelho representam áreas com chuvas abaixo da média, sendo um padrão que se repete em todo o país, lembrando que julho já é naturalmente um mês de baixa precipitação.

Além disso, as temperaturas previstas para julho estão acima da média, conforme aponta o mapa de temperatura para o mesmo mês. Os tons em vermelho indicam esse aumento significativo de temperatura, o que leva ao aumento no consumo de energia elétrica com o uso de ventiladores e ar condicionado. Esse cenário, por sua vez, intensifica a demanda por geração de energia, resultando em um custo maior para o consumidor.