Alckmin critica alta da Selic, mas acredita em queda de juros
Vice-presidente aponta perspectiva de redução da taxa de juros e avalia compromisso fiscal do governo
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reforçou sua posição em relação à taxa Selic, classificando os atuais 10,5% ao ano como “exagerados”. Alckmin destacou que, com uma inflação em torno de 3,5%, os juros reais de 7% são considerados muito altos.
Além disso, o político apontou que a tendência é de queda da Selic, influenciada tanto pelas taxas americanas quanto pela situação fiscal no Brasil. Ele também ressaltou que nos próximos meses será possível compreender melhor o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal.
Após a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a Selic em 10,5% ao ano, Alckmin reiterou suas opiniões durante uma visita à fábrica da Scania em São Bernardo do Campo. Questionado sobre a possível nomeação para a presidência do BC, Alckmin desconversou, destacando que essa é uma decisão do presidente da República.
Segundo informações da Coluna do Estadão, ministros do governo indicaram que Gabriel Galípolo segue como forte candidato para o comando do BC, apesar de haver defensores da nomeação de André Lara Resende. A discussão sobre a presidência do Banco Central permanece em pauta, com diferentes setores apresentando suas preferências e análises sobre o assunto.