Produção industrial no RS tem maior alta em 4 anos
Segundo informações recentemente divulgadas pelo IBGE, a indústria apresentou um crescimento de 3,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, superando as projeções iniciais que apontavam um aumento de 1,2%. Esses dados revelam uma recuperação significativa no setor industrial, indicando uma tendência positiva no desempenho econômico.
A produção industrial brasileira encerrou o segundo trimestre com um crescimento surpreendente em junho, registrando o maior ganho de produção em quatro anos. Esse avanço foi impulsionado pela retomada da atividade em regiões afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
No último mês de junho, a produção industrial teve um aumento de 4,1% em comparação ao mês anterior, superando significativamente a expectativa de 2,4% apontada em pesquisa da Reuters. Esse foi o maior crescimento desde julho de 2020, quando atingiu +9,1%, interrompendo um período de dois meses seguidos de perdas e ultrapassando o nível registrado antes da pandemia, ficando 2,8% acima de fevereiro de 2020. Porém, mesmo com esse bom resultado, o setor ainda se encontra 14,3% abaixo do recorde alcançado em maio de 2011.
Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (2) também mostraram uma expansão de 3,2% na produção industrial quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, superando as expectativas de crescimento que eram de 1,2%. Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, o avanço observado em junho foi influenciado tanto pela base de comparação mais baixa devido às quedas nos meses anteriores, quanto pelo retorno à produção de unidades industriais afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul em maio de 2024.
Analistas apontam que, embora a indústria brasileira deva contribuir de forma modesta para a atividade econômica este ano, há chances de encerrar com um pequeno crescimento, impulsionada por um mercado de trabalho aquecido, condições de crédito favoráveis e controle da inflação. Em junho, de acordo com o IBGE, 16 das 25 atividades pesquisadas apresentaram crescimento, com destaque para os setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%); produtos químicos (6,5%); produtos alimentícios (2,7%) e indústrias extrativas (2,5%).
O setor de produtos químicos, que sofreu impactos das chuvas no Rio Grande do Sul, teve plantas industriais paralisadas, o que influenciou diretamente o desempenho. Já a produção de alimentos, representando cerca de 15% da atividade industrial do país, registrou aumento em produtos como açúcar, derivados de soja, suco de laranja e carnes de aves. Entre as categorias econômicas, a fabricação de Bens de Consumo teve um aumento de 6,8%, enquanto os Bens Intermediários cresceram 2,6% e os Bens de Capital avançaram 0,5% em relação a maio.