Eleições: Propostas de Boulos e Nunes para escolas em SP
Durante uma sabatina sobre educação promovida pelo Centro do Professorado Paulista, os postulantes a candidatos à Prefeitura de São Paulo expressaram suas opiniões sobre o assunto.
O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, deputado federal Guilherme Boulos, fez uma declaração enfática em relação ao programa de escolas cívico-militares na cidade. Em uma sabatina realizada pelo Centro do Professorado Paulista, Boulos criticou veementemente a iniciativa, afirmando que as escolas cívico-militares representam a falência da educação e que é inaceitável debater a inserção de militares no ambiente escolar em pleno século XXI.
Para Boulos, o papel do militar está na segurança pública, não no ensino de crianças e jovens, o qual considera insubstituível e pertencente aos professores. Ele ressaltou que a discussão sobre escolas militares não deveria fazer parte da pauta eleitoral em São Paulo, independentemente das convicções ideológicas. O pré-candidato reforçou sua posição afirmando que, se eleito, não permitirá a implementação de escolas militares na cidade a partir de 1 de janeiro do próximo ano.
Por outro lado, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do MDB e candidato à reeleição, já havia manifestado apoio à proposta de escolas cívico-militares, alinhando-se com o projeto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em sua participação na sabatina do CPP, Nunes defendeu a possibilidade de adesão ao modelo como uma opção para a comunidade escolar, ressaltando a importância do debate democrático e da liberdade de escolha.
Questionado sobre possíveis disparidades salariais entre militares e professores nesse modelo de escolas, o prefeito Ricardo Nunes preferiu não entrar em detalhes, enfatizando que a remuneração de uma categoria não elimina a importância da outra. Ele afirmou que a gestão municipal tem trabalhado para valorizar a carreira dos professores, mas evitou abordar diretamente a questão da equiparação salarial.
Diante dessas posições divergentes, a discussão sobre a implementação de escolas cívico-militares em São Paulo ganha destaque no cenário político municipal, refletindo diferentes visões sobre o papel da educação e a atuação das forças militares no ambiente escolar. A decisão sobre o rumo a ser tomado caberá aos eleitores paulistanos nas eleições municipais.