Propostas de Boulos e Nunes para escolas em SP

Durante uma sabatina em educação organizada pelo Centro do Professorado Paulista, os aspirantes a candidatos à Prefeitura de São Paulo manifestaram suas opiniões sobre o tema.

Boulos X Nunes. Fotos: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados e Rovena Rosa/Agência Brasil Reprodução: https://www.cartacapital.com.br/

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, manifestou sua discordância em relação à adesão ao programa de escolas cívico-militares na cidade. Durante sua participação em uma sabatina promovida pelo Centro do Professorado Paulista, Boulos criticou veementemente a proposta, classificando-a como um sintoma da crise educacional. Para ele, a presença de militares no ambiente escolar não condiz com a função precípua do professor, que é insubstituível no processo de ensino e aprendizagem.

Na visão de Boulos, o debate sobre escolas militares não deveria ser pauta nas eleições para a Prefeitura de São Paulo, independentemente das inclinações ideológicas de cada candidato. Ele também fez menção ao governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, que tem avançado na implementação desse modelo de escolas no estado. O pré-candidato do PSOL reforçou sua posição contrária à presença militar nas escolas da capital paulista, assegurando que, a partir de 1º de janeiro do próximo ano, essa não será uma possibilidade a ser considerada.

Por outro lado, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), já havia declarado anteriormente que a cidade seguiria a proposta das escolas cívico-militares conforme o previsto no projeto do governador Tarcísio. Durante sua participação na mesma sabatina do CPP, em 17 de julho, Nunes afirmou que a adesão seria uma opção, submetida à decisão da comunidade escolar. Ele ressaltou a importância de um debate esclarecedor e democrático para que as pessoas tenham a liberdade de decidir seu posicionamento em relação ao tema.

Questionado sobre a possível disparidade salarial entre militares e professores nesse modelo de escolas, o prefeito Nunes preferiu não entrar em detalhes, ressaltando que a remuneração não pode ser um fator de eliminação entre categorias. Ele destacou que a gestão municipal já vem trabalhando pela valorização da carreira docente, sem oferecer uma resposta direta sobre a questão levantada.

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