Cerimônia celebra diversidade e envia mensagem à extrema direita europeia

Na abertura dos Jogos Olímpicos, a icônica Marseillaise foi entoada com uma abordagem diferente do usual, deixando de lado seu tom marcial característico para adotar um lirismo carregado de resistência. A escolha dos organizadores por uma mezzosoprano para interpretar um dos hinos mais famosos globalmente trouxe uma nova perspectiva à cerimônia, demonstrando a multifacetada capacidade da música de transmitir emoções e mensagens ao público internacional.

A francesa Axelle Saint-Cirel canta "A Marselhesa" no terraço do Grand Palais, em Paris, durante a abertura da Olímpiada Imagem: Anne-Christine Poujoulat - 26.jul.24/Pool via Reuters Reprodução: https://noticias.uol.com.br/

A cerimônia abertura dos Jogos Olímpicos se destacou pela substituição do tradicional tom marcial pelos acordes melodiosos da Marseillaise, hino nacional da França. A voz que ecoou, entoando os versos da canção, foi a da mezzo soprano francesa negra, Axelle SaintCirel, escolhida para representar a resistência em meio à diversidade do país.

Em um cenário cercado pela bandeira francesa e acompanhada por um coral de 34 mulheres, a cantora desempenhou o papel de voz da nação, transmitindo em sua performance uma imagem emblemática da nova composição demográfica da França. Nascida em Guadalupe, Axelle SaintCirel personificou não apenas a diversidade, mas também os desafios de integração presentes na sociedade francesa contemporânea, sendo uma representação marcante de uma Marianne negra.

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