Polícia investiga Nego Di e sócio por lavagem de dinheiro
Os investigadores estão planejando avançar para a segunda etapa da investigação contra o influenciador oriundo do Rio Grande do Sul.
Após a prisão de Anderson Bonetti, sócio do influenciador Nego Di, que estava foragido por suspeita de estelionato, a polícia se prepara para entrar em uma nova fase da investigação, que tem como objetivo principal investigar se os envolvidos realizaram lavagem de dinheiro proveniente das vítimas lesadas. A informação foi fornecida à CNN pelo chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Fernando Sodré, durante entrevista concedida na manhã desta terça-feira (23).
Nessa segunda etapa, será priorizado o levantamento de possíveis novas vítimas, além da busca por ativos financeiros que possam estar ocultos como resultado das atividades fraudulentas. Segundo Sodré, a investigação incluirá medidas como o sequestro de bens e a apuração minuciosa de qualquer sinal de lavagem de dinheiro. O chefe da Polícia Civil ressaltou que é prática padrão iniciar investigações dessa natureza em casos que envolvem significativa movimentação financeira.
As apurações referentes a esse caso foram iniciadas em 2022 e concluídas no ano passado, resultando no indiciamento e solicitação de prisão dos sócios da loja online “Ta di Zuera”. Bonetti é apontado como o responsável pelo desenvolvimento do negócio virtual, enquanto Nego Di era encarregado da divulgação nas redes sociais, aproveitando-se de sua grande popularidade entre os seguidores.
Segundo relatos policiais, aproximadamente 370 pessoas foram prejudicadas ao adquirirem produtos que nunca foram entregues pela referida empresa. Itens como geladeiras e ar-condicionado eram vendidos a preços abaixo da média de mercado, resultando em um lucro estimado em R$ 5 milhões para os envolvidos no golpe. Em declaração à CNN, o chefe de polícia lamentou as consequências para as vítimas, destacando que muitas vezes se tratava de pessoas de baixa renda que economizavam por muito tempo para adquirir tais bens.
Durante a entrevista, o delegado também refutou a ideia de que haja motivações políticas por trás das investigações em andamento, assegurando que o foco principal é a apuração dos fatos e a busca por justiça para os prejudicados. Os desdobramentos desse caso continuarão sendo acompanhados de perto pelas autoridades competentes.